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Como a Blockchain pode reforçar o combate à corrupção

Sistema de contratos inteligentes melhora processos elevando a prevenção de fraudes

Negócios registrados na blockchain ganham transparência e rastreabilidade
Tempo de leitura: 2 minutos

Por Matheus Mans para Mercado Bitcoin

São Paulo - Mais do que um suporte para transações financeiras, a tecnologia blockchain é uma maneira de tornar processos rastreáveis. Tudo é registrado. Em caso de dúvida sobre documentos nela validados, bastam alguns cliques para a origem ser identificada, seja ela de uma informação, recursos financeiros ou uma obra de arte, entre outros.

Agora, surge nova discussão acerca do uso da blockchain. Algo em escala maior: o combate à corrupção. Especialistas indicam que a adoção da tecnologia por governos, sejam municipais, estaduais ou federal, elevaria a transparência no ambiente de negócios, podendo bloquear atos ilícitos, seja dentro do setor público ou privado.

“A blockchain nada mais é do que um livro-razão aberto para consulta de todos”, diz o advogado Victor Jorge, especializado em criptomoedas. “Pode-se dizer que ela é mais aberta do que o próprio sistema financeiro tradicional. Claro que há meios de burlar, mas dificultaria bastante a lavagem ou o desvio de dinheiro, por exemplo”.

Uso prático

Atualmente, especialistas dão duas direções para o uso da tecnologia como ferramenta para evitar a corrupção. Primeiro, na utilização de contratos inteligentes em processos de licitação. Registrados na blockchain, esses documentos seriam facilmente rastreáveis e, acima de tudo, levariam transparência ao processo.

“Ela pode garantir que qualquer alteração feita durante todo o trâmite seja pública, as informações originais fiquem retidas e haja um registro de quem fez a mudança”, explica Matthew Van Niekerk, CEO da startup SettleMint, especializada em inovação blockchain, em artigo publicado pelo World Economic Forum. “Há potencial de proteger contra fraquezas em todos os estágios”, fala.

Outro caminho indicado para o uso da blockchain contra a corrupção é o do registro de terras e imóveis. Enquanto desburocratiza processos, a tecnologia reduz os riscos de subornos usados muitas vezes para acelerar o andamento do negócio ou destravar etapas.

Hoje, alguns países já colocaram a blockchain dentro de seus sistemas para evitar problemas. A Geórgia registra mais de 1,5 milhão de títulos de terra por meio de seu sistema baseado nessa tecnologia, enquanto a África do Sul começa a adotar processo semelhante. Na ilha caribenha Porto Rico, os contratos inteligentes em licitações também começam a ser discutidos.

“Os ganhos potenciais são substanciais, mas, como é uma tecnologia nova, existem muitos desafios no projeto e na implementação de aplicativos baseados nela. Para que grandes instituições implementem esses aplicativos em tempo hábil e colham os benefícios, a educação é essencial”, complementa Van Niekerk.

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