Bom dia! Hoje é 5 de janeiro de 2022 e este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias do dia
Dois anos sem os desfiles de blocos de rua no Rio de Janeiro. Parece algo distópico, mas esse foi o efeito ômicron. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou a medida ontem, justificando que o aumento do número de novos casos de Covid na cidade levou à inviabilidade das festas gratuitas nas ruas.
🏥 Ainda que o aumento dos contágios não esteja sendo acompanhado por mais casos graves e óbitos, existe o risco de colapso do sistema sanitário.
Das ruas para os recintos privados
Os desfiles de escolas de samba na Sapucaí, assim como as festas privadas, serão mantidos mediante o controle de entrada. Os protocolos de saúde da Sapucaí ainda serão determinados.Entre as capitais brasileiras, São Paulo, Maceió e Campo Grande também confirmaram desfiles oficiais de Carnaval. Em um dos maiores destinos turísticos desta época do ano, o governador da Bahia, Rui Costa, decretou que o estado não terá programação oficial.
O próprio prefeito, ao lado do secretário de saúde do município, Daniel Soranz, fez uma crítica de que a medida pudesse elitizar a festa popular. Ele propôs à Ambev e às ligas dos blocos, que fizessem festas fechadas e gratuitas para que houvesse um controle epidemiológico na entrada e ainda assim houvesse desfile nas ruas, mas “a ideia não foi bem aceita” pelos representantes dos blocos.
🦠 Enquanto a variante ômicron circula pelo Brasil, aumentam os casos de gripe
O sistema hospitalar brasileiro pode estar em risco devido a um aumento repentino nos casos de gripe em todo o país ao mesmo tempo em que a variante ômicron passa pelas fronteiras. Algumas pessoas foram acometidas por infecções consecutivas, ou até mesmo contraíram as duas doenças ao mesmo tempo, o que se denomina “flurona”. Até agora, isso aconteceu em pelo menos três estados, mas os especialistas dizem que o número tende a aumentar à medida que a ômicron, a variante mais contagiosa do coronavírus, se torna a dominante.
Na trilha dos Mercados
Depois de abrir o ano de 2022 no azul, as bolsas internacionais param para um respiro. Esta pausa tende ser breve, dado que o pano de fundo nos mercados ainda é positivo, apesar de todas as incertezas que a variante ômicron traz para as economias e as políticas monetárias dos bancos centrais.
Nos primeiros negócios da manhã, os futuros de índices em Wall Street exibiam ligeiras quedas, enquanto na Europa as bolsas operavam em direções contrárias.
Os dados sobre as folhas de pagamento das empresas norte-americanas em dezembro, que serão divulgados hoje pelo instituto de pesquisa ADP, orientarão os mercados nesta quarta-feira. É bastante provável, na avaliação dos analistas, que supere os 400 mil esperados.
Tanto os dados do “payroll” nos EUA e como as atas da reunião do Federal Reserve (Fed) no mês passado, que também saem hoje, podem lançar mais luz esta semana sobre o potencial ritmo de aumento das taxas de juros.
Hoje também é dia de vários índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), que podem dar uma mostra de como as economias estão lidando com a ameaça da ômicron e com os gargalos nas cadeias de abastecimento.
Os contágios em ritmo acelerado - os diagnósticos com o Covid-19 nos EUA superaram um milhão de pessoas na segunda-feira e mais de 3.200 escolas fecham no país – nublam o cenário. Por outro lado, dado que os sintomas da variante não são tão graves como se imaginava, países como a Alemanha e o Reino Unido começam a levantar restrições, o que representa uma boa notícia para o mercado financeiro.
🟢 Wall Street ontem: Dow (+0,59%), S&P 500 (-0,06%), Nasdaq (-1,33%). As entregas de fornecedores e os preços pagos pelos materiais caíram em dezembro ao nível mais baixo em mais de um ano, segundo dados do IHS Markit. O Índice ISM, de novos pedidos do setor manufatureiro, caiu 14,2 pontos, a maior quantidade em uma década, para 68,2. O lado positivo desta leitura é que pode acarretar menos pressões inflacionárias.
No radar
- Atas da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed)
- Dados sobre a folha de pagamento (dezembro) das empresas Dos EUA, do instituto de pesquisa ADP
- PMIs de serviços e composto de dezembro de países como Índia, Itália, França, Alemanha, Brasil e EUA
- Atividade das refinarias de petróleo divulgada pela EIA
Quinta, 6
- James Bullard, membro do Fed, fala em uma palestra sobre política monetária
- PMIs de serviços e composto de dezembro do Japão e Reino Unido de dezembro
- Inflação ao consumidor (dezembro) e ao produtor (novembro) na zona euro
- EUA: balança comercial (novembro), pedidos às fábricas, pedidos finais de bens duráveis (novembro), pedidos iniciais de seguro-desemprego
Sexta, 7
- Outro membro do Fed, Mary Daly, discursa em um evento
- Produção industrial na Alemanha e na França, IPC flash de dezembro na zona euro, vendas ao varejo na zona do euro (novembro)
- Taxa de desemprego nos EUA, salário médio por hora, crédito ao consumo (novembro) norte-americano
Sábado, 8
- Isabel Schnabel, do conselho executivo do BCE, participa de um evento
Destaques da Bloomberg Línea
- Brasil perde R$ 1,7 bilhão com suspensão de cruzeiros, estima associação
- Parlamentares dos EUA e da Europa pedem investigação contra JBS
- Com passageiro sem reembolso, fracassa acordo do Procon com Itapemirim
- JPMorgan diz que festa no mercado de ações global está longe do fim
Também é importante
- Por que a XP comprou 40% da Suno: Em mais um lance da disputa pelo bilionário mercado de pessoas físicas na bolsa brasileira, a XP fechou a compra de de uma fatia minoritária relevante do Grupo Suno, que mantém casa de análises de ativos, uma gestora de recursos e o site de dados financeiros Status Invest. O negócio, cujo valor não foi divulgado, foi fechado nesta terça (4), após seis meses de negociação. A Bloomberg Línea apurou que a XP comprou as cotas de dois sócios minoritários, que detinham cerca de 35% da empresa, e também deve fazer injeção de capital para o crescimento estratégico da Suno.
- Mais de 3.200 escolas fecham com avanço de ômicron nos EUA: O fechamento de escolas está acelerando nos EUA conforme as novas infecções por ômicron afastam os professores do trabalho e geram escassez de pessoal.
- Coreia do Norte dispara míssil balístico na costa leste do país, diz Japão: A Coreia do Norte lançou um projétil não identificado em águas ao largo de sua costa leste na quarta-feira, disseram militares da Coreia do Sul. Já a Guarda Costeira do Japão disse que o objeto parecia ser um míssil balístico e já havia pousado.
- JPMorgan diz que festa no mercado de ações global está longe do fim: Tudo está se encaminha para ganhos adicionais em ações globais este ano, de acordo com estrategistas do JPMorgan.Os riscos negativos - incluindo uma virada hawkish dos bancos centrais, uma desaceleração na economia da China, ou restrições mais significativas ao Covid-19 - ou não se materializarão ou já estão cotados nas ações, disseram.
Opinião Bloomberg
Jack Dorsey deve focar no streaming e deixar os tweets de lado
E a resolução de ano novo do bilionário Jack Dorsey é passar mais tempo no Tidal, plataforma de streaming de música adquirida recentemente por sua fintech Block, e menos tempo no Twitter – empresa que não mais lidera, mas cuja plataforma ainda usa para expor suas opiniões. A aquisição da participação majoritária no Tidal pela Block, no valor de US$ 297 milhões, foi um dos marcos da indústria musical pós-Covid, à medida que super artistas provaram ser cada vez mais rentáveis, confiáveis e duráveis.
Pra não ficar de fora
Aparelhos BlackBerry que utilizam o sistema operacional e serviços originais não terão mais suporte após este 4 de janeiro, marcando o fim de uma era para o dispositivo que catapultou o trabalho para a era móvel.
A BlackBerry, sediada em Waterloo, Ontário, empresa anteriormente conhecida como Research In Motion, cujo aparelho exclusivo na década de 1990 passou a incorporar o trabalho em movimento, disse que aparelhos que executam seu software interno “não deverão mais funcionar de maneira confiável” após terça-feira (4), de acordo com sua página de “fim de vida” na internet.
A mudança, anunciada pela primeira vez em 2020, efetivamente dá fim a uma lista de dispositivos que permanece popular até hoje, em algumas partes do mundo, por sua confiabilidade e segurança.