Bolsonaro tem melhora, mas não há decisão sobre cirurgia

Médico disse que precisa avaliar pessoalmente a situação para decidir se uma operação será necessária

Presidente teve obstrução intestinal
Por Daniel Carvalho
03 de Janeiro, 2022 | 09:44 PM

Bloomberg — O estado de saúde do presidente Jair Bolsonaro melhorou e ele não tem febre nem dores abdominais, segundo nota do hospital paulista onde ele está sendo tratado de uma possível obstrução intestinal. O episódio é a última de uma série de complicações decorrentes de seu atentado a faca durante a campanha em 2018.

O presidente de 66 anos, que estava em férias numa praia no sul do país, tuitou na segunda-feira que começou a se sentir mal depois do almoço de domingo. O presidente viajou para São Paulo durante a noite com “desconforto abdominal”, disse sua assessoria de imprensa em nota.

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Bolsonaro fez uma curta caminhada e ainda não há decisão quanto à necessidade de cirurgia, disse o hospital Vila Nova Star na noite de segunda-feira.

Bolsonaro apresentou sintomas de obstrução intestinal, de acordo com um comunicado na segunda-feira assinado pelo médico que o está tratando desde o esfaqueamento em 2018. O médico Antonio Luiz Macedo está voltando das férias nas Bahamas.

Macedo disse à Bloomberg News que precisa avaliar pessoalmente a situação para decidir se uma operação será necessária e que só pousará em São Paulo na manhã de terça-feira.

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Anteriormente, ele havia dito ao jornal Folha de S.Paulo que “provavelmente não será necessária uma cirurgia”, pois os sintomas de Bolsonaro parecem ser semelhantes aos que o presidente experimentou em julho de 2021, quando foi internado com obstrução intestinal e posteriormente teve alta após receber tratamento.

O presidente, que concorre à reeleição este ano, passou por pelo menos quatro cirurgias relacionadas ao esfaqueamento.

Bolsonaro era esperado em Brasília na terça-feira. Ele foi criticado recentemente por se recusar a interromper suas férias na praia depois que fortes chuvas devastaram partes do estado da Bahia, matando mais de 20 pessoas e deixando dezenas de milhares de desabrigados.

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--Com assistência de Marisa Wanzeller.

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