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Febre de M&As tem caminho aberto em 2022

Também no Breakfast: Mercados iniciam trajetória de 2022 com valorização; Israel começa a aplicar quarta dose de vacina para maiores de 60 anos e Investidores ponderam riscos após onda de IPOs em emergentes

03 de Janeiro, 2022 | 06:02 AM
Tempo de leitura: 4 minutos

Bom dia! Hoje é 3 de janeiro de 2022 e este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias do dia

“Conselhos, acionistas e equipes de gestão ignoraram a volatilidade e o mercado de fusões e aquisições não perdeu o ritmo por 12 meses em 2021”, diz Stephan Feldgoise, codiretor de M&A global do Goldman Sachs

A maior onda de fusões e aquisições da história não dá sinais de desaceleração. Empresas anunciaram mais de US$ 5 trilhões em acordos em 2021, segundo dados compilados pela Bloomberg, quase US$ 1 trilhão acima do recorde anual anterior de 2017.

Incentivado por dinheiro barato e ganhos no mercado acionário, o setor corporativo foi em busca de aquisições para impulsionar o crescimento, incorporar novas habilidades ou simplificar estruturas. Em todos os dias úteis do ano, uma empresa bateu seu próprio recorde de aquisições, como a compra da Cerner pela Oracle por US$ 28,3 bilhões, o maior acordo fechado pela empresa até hoje. Em muitos casos, investidores incentivaram as empresas a buscarem acordos.

“Conselhos, acionistas e equipes de gestão ignoraram a volatilidade e o mercado de fusões e aquisições não perdeu o ritmo por 12 meses em 2021″, disse Stephan Feldgoise, codiretor de M&A global do Goldman Sachs.

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O ano de 2021 foi marcado por empresas icônicas como Johnson & Johnson e General Electric anunciando cisões corporativas, uma disputa pela empresa ferroviária Kansas City Southern que terminou com a aquisição de US$ 31 bilhões pela Canadian Pacific Railway, e a planejada fusão da unidade de mídia da AT&T com a Discovery.

🟢 Quase dois anos após o início da pandemia, negociadores esperam que o ritmo permaneça forte no ano que vem.

Na trilha dos Mercados

Os mercados iniciam 2022 com ligeira valorização na Europa e nos Estados Unidos. As bolsas do Reino Unido, do Japão e da China ainda estão festejando o Ano Novo e não funcionam hoje.

Em Hong Kong, as ações do grupo chinês Evergrande foram suspensas devido a notícias, divulgadas pela imprensa local, de que a empresa teria recebido ordens de derrubar blocos de apartamentos em um projeto na província de Hainan.

A agenda é morna e boa parte da atenção se centra ao desenlace do avanço da variante ômicron e suas repercussões sobre as economias mundiais. Embora seus efeitos sejam mais leves que os da variante delta, os contágios estão se propagando rapidamente.

Do lado macroeconômico, hoje saem alguns PMIs do setor de manufatura na Europa, que poderiam perder algo de impulso, mas ainda devem se situar em níveis muito bons, segundo analistas.

Durante a semana, serão divulgados os índices de emprego norte-americano e de inflação na Europa. A expectativa com relação aos preços é grande e o mercado quer comprovar se a realidade coincide com as previsões do Banco Central Europeu (BCE) de que os indicadores começariam a desacelerar em 2022, ainda que a maioria dos economistas aguarde para o segundo semestre uma desaceleração dos preços.

Mercados de renda variável iniciam 2022 com altas

A hipótese de que os preços diminuam o ritmo poderia levar os bancos centrais a reavaliar a necessidade de adotar uma política monetária mais restritiva para controlar a inflação.

As investidas dos bancos centrais mundiais são, aliás, um dos riscos que se despontam para a renda variável em 2022. Os investidores contam que os estímulos monetários sejam retirados de forma leva e gradual, de modo que o mercado siga com abundante liquidez.

Em linhas gerais, o olhar que os investidores dirigem para 2022 é de otimismo. Se espera um bom ano para as bolsas, ainda que com potencial de desempenho mais modesto que o de 2021.

No radar

  • Os mercados do Reino Unido, do Japão e da China não operam hoje por feriado
  • As atas da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) serão publicadas na quarta-feira (5)
  • James Bullard, membro do Fed, fala em uma palestra sobre política monetária na quinta-feira (6)
  • Outro membro do Fed, Mary Daly, discursa em um seminário na sexta-feira (7)
  • Isabel Schnabel, do conselho executivo do BCE, participa de um evento no sábado

Destaques da Bloomberg Línea

Também é importante

  • EUA têm mais 2.200 voos cancelados por falta de pessoal e neve: Os atrasos nas viagens aéreas continuaram neste domingo nos EUA após uma forte tempestade de inverno em direção ao leste do país prejudicar ainda mais a operação das companhias aéreas, que já lidavam com a crescente falta de pessoal causada pela rápida disseminação da variante ômicron.
  • Israel inicia aplicação de quarta dose de vacina para pessoas com mais de 60 anos: Israel começará a oferecer uma quarta dose da vacina contra o coronavírus para pessoas com 60 anos ou mais, tornando-se o primeiro país do mundo a disseminar amplamente a injeção de reforço para combater a variante ômicron.
  • AT&T e Verizon rejeitam pedido dos EUA para atraso do novo 5G: As empresas rejeitaram um pedido dos Estados Unidos para atrasar o lançamento desta semana de uma nova variação do serviço móvel 5G que as companhias aéreas disseram que pode interferir na eletrônica das aeronaves, representando um risco à segurança.

Opinião Bloomberg

Considere um ano estável para ações em 2022 um grande sucesso

Ao conversar com vários players do mercado nas últimas semanas, parece haver um amplo consenso de que 2022 será mais desafiador do que 2021, o que quase me faz pensar se as ações não subirão mais 20% este ano, desafiando as expectativas de baixa mais uma vez. Mas as coisas estão um pouco diferentes do que há um ano.

Para começar, o Federal Reserve está iniciando o processo de reversão de sua política monetária ultra-frouxa. Não está se movendo rápido o suficiente em relação à inflação que foi desencadeada, mas está fazendo isso em um ambiente onde os mercados estão cada vez mais sensíveis ao potencial de taxas de juros mais altas, devido aos grandes níveis de alavancagem do sistema e ao montante da dívida pública constituída nos últimos anos.

Pra não ficar de fora

O filme produzido entra Sony e a divisão Marvel da Walt Disney Company gerou US$ 52,7 milhões no fim de semana nos EUA e Canadá (Divulgação: Sony Pictures)

O mega-hit “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa” manteve a posição no topo das bilheterias americanas pelo terceiro fim de semana consecutivo, ajudando os proprietários de cinemas a encerrar um difícil 2021 com uma guinada positiva.

O filme produzido entra Sony e a divisão Marvel da Walt Disney Company gerou US$ 52,7 milhões no fim de semana nos EUA e Canadá, de acordo com estimativas da Sony no domingo. Isso estava em linha com a projeção de US$ 52,5 milhões do Boxoffice Pro.

Durante todo o ano de 2021, os cinemas americanos geraram vendas de bilheteria de cerca de US$ 4,5 bilhões, estima a Comscore, um grande salto em relação à contagem decrescente da pandemia de 2020 de US$ 2,28 bilhões, mas apenas uma fração dos mais de US$ 11 bilhões em um ano normal.

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