Bloomberg — Israel começará a oferecer uma quarta dose da vacina contra o coronavírus para pessoas com 60 anos ou mais, tornando-se o primeiro país do mundo a disseminar amplamente a injeção de reforço para combater a variante ômicron.
A quarta dose também estará disponível para as equipes médicas que recebeu sua última injeção há pelo menos quatro meses, disse o primeiro-ministro Naftali Bennett em uma entrevista neste domingo. Na semana passada, Israel aprovou a injeção extra para pessoas imunocomprometidas, bem como residentes de asilos e pacientes em enfermarias geriátricas.
Os novos casos diários, que chegaram a 5 mil na semana passada no país de 9,5 milhões, devem quadruplicar até o final da semana, disse Bennett.
O número de casos pode chegar a 50 mil casos por dia, disse ele, ou quase cinco vezes o pico anterior. Os casos críticos permanecem bem abaixo dos registros anteriores, mas começaram a aumentar na última semana.
“Devemos manter nossos olhos em campo e agir com rapidez e decisão se quisermos continuar nos engajando e trabalhando com o país aberto tanto quanto possível durante esta pandemia”, disse Bennett.
As campanhas de vacinação de Israel estão à frente da curva de infecções, com o país sendo o primeiro a inocular a maioria de sua população e também o mais agressivo na administração de vacinas de reforço no ano passado. Mas a opção por uma quarta dose enfrentou críticas por causa da falta de dados sólidos sobre a ômicron ou a eficácia de uma quarta dose.
Bennett anunciou no mês passado um plano para imunizar todas as pessoas com 60 anos ou mais, mas a implementação foi interrompida devido à resistência de alguns consultores especializados. Ao mesmo tempo, Israel afirma ter dados que sugerem que a imunidade diminuiu em pessoas dessa faixa etária que receberam reforços a partir de agosto. E alguns conselheiros dizem que, mesmo sem os dados, Israel deveria agir porque a variante é muito contagiosa.
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