Mercados recuam na última sessão de 2021, mas esperam 2022 com otimismo

A maioria das bolsas europeias já se despediu de 2021, um ano intenso, surpreendente, mas que rendeu bons resultados aos principais índices de renda variável

As variáveis que orientarão os mercados
31 de Dezembro, 2021 | 08:53 AM

Barcelona, Espanha — O ano de 2021 já virou passado para a maioria dos mercados, mas os Estados Unidos se despedem hoje de um ano intenso e no mínimo surpreendente para os negócios, sobretudo para as bolsas. Os futuros de índices norte-americanos sinalizavam perdas esta manhã - os negócios no mercado financeiro dos EUA transcorrem normalmente hoje. A maior parte das bolsas europeias está fechada hoje, mas no Reino Unido, cujos mercados operam em meia sessão, o movimento também era de baixa.

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Investidores dos EUA e do Reino Unido dão adeus a 2021

2021, um ano intenso para os mercados

Não faltaram incertezas para minar a confiança dos investidores: inflação galopante ao redor do globo, a disparada dos preços da energia, dos minérios e dos alimentos, dúvidas quanto ao peso da mão dos bancos centrais na política monetária, escassez de matérias-primas, problemas nas cadeias de abastecimento...

Sem falar que todos fomos apanhados de surpresa com a nova variante do coronavírus. Quando a campanha de vacinação deixou os países confortáveis para levantarem as restrições à mobilidade e enunciou a chegada da “vida normal”, veio a ômicron para bagunçar o coreto e reavivar as dúvidas sobre o ritmo de recuperação da atividade econômica.

Contudo, por mais contraditório que pareça, as bolsas internacionais insistiram em renovar marcas recordes durante o ano de 2021.

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Bolsas dos EUA se destacam em um ano de incertezas

2022 bate à porta

O olhar que os investidores dirigem para 2022 é de otimismo. Se espera um bom ano para as bolsas, ainda que com potencial de desempenho mais modesto que o de 2021.

É certo que a evolução do coronavírus, a inflação e o aperto monetário de bancos centrais como o Federal Reserve (Fed) ainda se despontam como potenciais riscos para a renda variável.

Contudo, entre os analistas ressoam as expectativas de remissão da pandemia, com menos hospitalizações, novos medicamentos e uma volta à normalidade, o que beneficia o consumo – que pesem as incertezas, deu mostras de que está bem, obrigado.

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Os resultados empresariais continuarão sendo um bom catalisador para os negócios com ações. Quanto à inflação, a expectativa corrente é de que tende a se moderar a partir do segundo semestre.

No que se refere à política monetária, uma retirada leve e gradual dos estímulos concedidos pelos bancos centrais deve manter o mercado com liquidez.

Na agenda

  • Nos EUA, bolsas têm último dia de negócios de 2021. Reino Unido operará em meia sessão.

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-- Com informações de Bloomberg News

Michelly Teixeira

Jornalista com mais de 20 anos como editora e repórter. Em seus 13 anos de Espanha, trabalhou na Radio Nacional de España/RNE e colaborou com a agência REDD Intelligence. No Brasil, passou pelas redações do Valor, Agência Estado e Gazeta Mercantil. Tem um MBA em Finanças, é pós-graduada em Marketing e fez um mestrado em Digital Business na ESADE.