Bloomberg — Os preços do petróleo caíam nesta quinta-feira (3) após a maior alta desde fevereiro, com o mercado pesando uma série de interrupções no fornecimento na China, o maior importador de petróleo do mundo.
O West Texas Intermediate era negociado perto de US$ 76 o barril nesta manhã, após um salto de 12% em seis sessões. Já o contrato Brent se caminha para o final do ano perto dos US$ 80 por barril, embora os volumes durante o período de férias de final de ano sejam restritos.
A China anunciou um corte na quantidade de cotas de importação concedidas a refinadores privados, favorecendo processadores complexos em uma tentativa de reformar o setor. Pequim concedeu 109 milhões de toneladas, 11% a menos que no ano passado, no primeiro lote para 2022, segundo funcionários de empresas que receberam notificação das licenças. O dólar também subiu, tornando as commodities precificadas em moeda relativamente mais caras.
Essas interrupções atenuaram o rali causado por uma série de interrupções no fornecimento no Equador, Líbia e Nigéria - embora os fluxos do terminal de Forcados da Nigéria tenham sido retomado na quarta. Os estoques de petróleo dos EUA também caíram pela quinta semana consecutiva na semana passada, de acordo com dados da Administração de Informações de Energia.
O petróleo bruto ainda está em curso para o maior avanço anual em mais de uma década, com o mercado ignorando o surgimento da variante ômicron. O Goldman Sachs prevê ganhos adicionais nos preços do petróleo no próximo ano.
Preços do petróleo
- O WTI para entrega em fevereiro caía 60 centavos para US$ 75,96 o barril às 7h10, horário de Brasília
- O Brent para liquidação em fevereiro recuava 0,7%, para US$ 78,70 o barril
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, incluindo a Rússia, devem se reunir na próxima semana para avaliar a situação do mercado e revisar a política de abastecimento até 2022. Este ano, o grupo restaurou a capacidade fechada em um ritmo gradual, argumentando que um cauteloso abordagem é o mais correto.
A falta de reação do mercado à ômicron “é um bom presságio para que a demanda comece a ser retomada em 2022″, de acordo com Jens Pedersen, analista sênior do Danske Bank. “Isso sugere ainda que a OPEP+ tomou a decisão certa para seguir seus planos de normalizar ainda mais a produção.”
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