Ômicron causa menos hospitalizações nos EUA do que outras cepas

Americanos provavelmente verão aumentos contínuos em hospitalizações e mortes, embora não tão graves como na onda da delta que ocorreu no meio do ano

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Bloomberg — O aumento nos casos de Covid-19 nos Estados Unidos, induzido pela variante ômicron, está desencadeando uma taxa mais baixa de hospitalizações do que as ondas anteriores, somando às evidências de que a variante altamente transmissível causa sintomas mais leves do que outras cepas.

A média de sete dias de novos casos atingiu 206.577 no domingo, cerca de 18% abaixo de uma alta recorde registrada em 11 de janeiro, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA. Enquanto isso, as hospitalizações aumentaram para uma média de sete dias de 8.964, apenas metade do pico anterior registrado em janeiro.

Estudos preliminares mostram que a ômicron é cerca de duas vezes mais transmissível que a delta, a versão antes dominante do coronavírus que agora parece estar retrocedendo. Como a nova variante se espalha facilmente, os EUA provavelmente verão aumentos contínuos em hospitalizações e mortes, embora não tão graves como na onda da delta que ocorreu no meio do ano, disse Albert Ko, chefe do departamento de epidemiologia e doenças microbianas da Escola de Saúde Pública de Yale.

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“Estamos vendo aumentos exponenciais nos casos e um aumento muito menor nas hospitalizações e mortes”, disse Ko em entrevista por telefone. “Mas ainda temos 65.000 pessoas que estão hospitalizadas por causa da Covid, e já estamos tendo 1.500 mortes por dia.”

Estudos no Reino Unido, África do Sul e Escócia mostram que o risco de hospitalização pela ômicron é menor do que pela delta. A variante parece ter um período de incubação mais curto e causar doenças menos graves do que outras versões do coronavírus, de acordo com estudo realizado com seis pacientes e publicado na terça-feira (28) pelo CDC.

Mesmo quando os pacientes acabam no hospital devido à ômicron, eles parecem passar menos tempo lá. No entanto, o número crescente de infecções entre pessoas vacinadas pode distorcer os dados de hospitalização, disse Jeffrey Morris, professor e diretor da divisão de bioestatística da Escola Perelman de Medicina da Universidade da Pensilvânia.

“Parece que há menos risco de hospitalização pela doença, mas temos que ser um pouco cuidadosos ao interpretar isso”, disse ele em entrevista por telefone. A taxa de hospitalizações e mortes pode parecer artificialmente mais baixa porque os casos de emergência costumam ser leves, disse Morris.

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