Bloomberg — O Alibaba está em negociações com um conglomerado estatal sobre um possível acordo envolvendo sua participação no Weibo, enquanto o governo de Pequim toma medidas para reduzir a influência dos gigantes de tecnologia da China na mídia.
A líder de comércio eletrônico estuda opções para sua fatia de cerca de 30% no serviço equivalente ao Twitter na China, segundo pessoas a par do assunto.
As conversas entre o gigante de tecnologia e o Shanghai Media Group (SMG) poderia levar este último a comprar todas as ações do Alibaba no Weibo, disseram as pessoas, que não quiseram serem identificadas.
Reguladores olham mais de perto o enorme alcance de empresas de tecnologia como Alibaba na mídia online, parte de uma campanha para restringir o poder crescente das maiores corporações da China. O Alibaba e afiliadas acumularam ao longo dos anos um amplo portfólio de ativos de mídia que incluem jornais, empresas de produção de TV, redes sociais e publicidade.
Preocupado com a influência da empresa na opinião pública, o governo quer que o Alibaba venda algumas dessas participações, segundo informado pela Bloomberg News em março.
As deliberações estão em estágio inicial e não há certeza de que resultarão em uma transação, disseram as pessoas. Um representante do Alibaba não quis comentar, enquanto o Weibo não pôde comentar de imediato. O SMG e seu proprietário, o governo de Xangai, não retornaram ligações e e-mails com pedido de comentário.
O SMG, um dos maiores conglomerados culturais e de mídia estatais da China, teria maior chance de obter aprovação do governo de Pequim do que uma empresa privada. O grupo é acionista controlador da Oriental Pearl Group, que opera estações de TV e portais de entretenimento online, e também possui 20% do Shanghai Disney Resort, de acordo com o site da empresa.
O Weibo está entre as mais influentes - e polêmicas - participações de mídia do Alibaba. O site de rede social apagou posts e retirou comentários relacionados a um escândalo envolvendo um sócio do Alibaba no ano passado. O fato gerou temor entre autoridades de que a censura, normalmente exercida pelo governo sobre questões de importância nacional, possa ser empregada por empresas privadas ou indivíduos. Desde então, reguladores pedem a proibição da participação de capital privado no setor de mídia.
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