Bloomberg — A pressão está aumentando sobre o presidente Jair Bolsonaro para fornecer mais ajuda financeira aos estados brasileiros afetados por fortes chuvas que deixaram várias cidades submersas e milhares de pessoas desabrigadas.
O presidente, que está de férias em uma praia de Santa Catarina, publicou nesta terça-feira (28) um decreto reservando R$ 200 milhões para reconstruir rodovias e estradas destruídas por enchentes nos estados do Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Pará e São Paulo.
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Mas mesmo os líderes de partidos de centro que o apoiam no Congresso disseram que mais precisa ser feito. O presidente da Câmara, Arthur Lira, um aliado próximo do presidente, disse aos repórteres que o valor desembolsado até agora é “insuficiente”. Celebridades brasileiras também estão pedindo que o Bolsonaro tome outras medidas.
A situação mais crítica está no estado da Bahia, onde semanas de chuvas torrenciais fizeram com que dois rios transbordassem e explodissem em duas represas no fim de semana de Natal. Vinte e uma pessoas morreram, 77.000 estão desabrigadas e um total de 470.000 afetadas, de acordo com a Defesa Civil. O estado registra o maior índice pluviométrico acumulado em dezembro em 32 anos, e outras dez barragens ali estão sendo monitoradas quanto a risco de rompimento.
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O presidente, que se candidata à reeleição no ano que vem, enviou quatro membros de seu gabinete para fiscalizar as condições da Bahia, e o estado receberá R$ 80 milhões para a reconstrução de estradas. Espera-se que mais dinheiro seja liberado nos próximos dias. Mas os oponentes do governo aproveitaram a situação para criticar Bolsonaro por desfrutar de férias na praia enquanto grande parte do país sofre com inundações.
O presidente manteve até agora sua programação de férias.
“Espero não ter que voltar para casa antes do planejado”, disse ele a um grupo de banhistas que conheceu durante suas férias, de acordo com um vídeo postado nas redes sociais.
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