Bloomberg — A economia do México contraiu inesperadamente em outubro em meio a quedas nos serviços e nas atividades primárias, puxando o segundo maior país da América Latina para perto de uma recessão.
A atividade econômica mexicana recuou 0,2% em relação ao mês anterior, informou o instituto de estatísticas do país nesta sexta-feira (24). O número se compara com uma estimativa de crescimento médio de 0,5% de uma pesquisa da Bloomberg. Na comparação anual, a economia encolheu quase 0,7%, abaixo da expansão esperada de 1%.
O resultado indica que a economia mexicana segue estagnada após registrar uma contração do produto interno bruto no terceiro trimestre, aumentando o risco de recessão na última parte do ano. A inflação no ritmo mais acelerado em mais de duas décadas, as restrições na cadeia de suprimentos e a recusa do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador em fornecer qualquer estímulo significativo estão pesando sobre a atividade empresarial.
“A economia ainda tem espaço para crescer e esperamos que isso aconteça nos próximos trimestres”, escreveu Alberto Ramos, economista-chefe para a América Latina do Goldman Sachs, em nota. “No entanto, a inflação alta persistente, o aumento das taxas de juros, a desaceleração dos fluxos de crédito e o ruído regulatório e político adicionam riscos de queda de curto prazo à atividade.”
As atividades primárias caíram 1,2% em relação a setembro, enquanto o setor de serviços caiu 0,5%, segundo o instituto de estatísticas. As atividades secundárias cresceram 0,6% no período.
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