Bloomberg — Mais um brasileiro operador do mercado de câmbio saiu do Morgan Stanley após uma investigação interna sobre suspeitas de marcação indevida em 2019.
Rodrigo Jolig, que ajudava a gerenciar a divisão de opções cambiais do banco nova-iorquino até ser suspenso no âmbito de uma investigação interna há dois anos, foi desligado em novembro após a instituição divulgar alegações sobre sua conduta, de acordo com documentos submetidos à Autoridade Reguladora do Setor Financeiro dos EUA (Finra, na sigla em inglês).
As alegações contra Jolig estavam relacionadas a “processos de controle de avaliação e marcação de posições que não envolviam valores mobiliários, em relação a metas de lucros e perdas”, além de “comunicação sobre negócio afiliado usando plataforma de comunicação não aprovada”, conforme documentos submetidos à Finra.
Veja mais: Morgan Stanley aumenta licença parental para atrair talentos
As acusações são semelhantes àquelas feitas contra seu ex-chefe Thiago Melzer, que havia comandado a área de negociação de opções cambiais e foi desligado em junho, segundo noticiado pela Bloomberg.
Jolig e Melzer foram estrelas em Wall Street até uma série de transações complexas ligadas à lira turca darem errado em 2019, causando perdas de milhões de dólares e levando o banco a investigar se operadores estavam avaliando as transações indevidamente, segundo revelado pela Bloomberg na época. O status dessa análise e suas conclusões não estão claros.
Mark Lake, porta-voz do Morgan Stanley em Nova York, não quis comentar, assim como Roberta Scrivano, porta-voz de Jolig.
Jolig e Melzer já abriram fundos de hedge no Brasil, informou a Bloomberg em setembro. Jolig é sócio da Alphatree Capital, que conta com capital da família de Elie Horn. Melzer abriu o fundo Upon Global Capital, onde atua como diretor de investimentos.
Veja mais em bloomberg.com
Leia também
- Com nova fábrica, Ambev dribla falta de garrafa de vidro para cerveja
- Colapso mundial da energia provoca falências do Reino Unido à Singapura
©2021 Bloomberg L.P.