Expectativa de vida nos Estados Unidos tem maior queda em 75 anos

Novo relatório do CDC mostra que a expectativa de vida no país caiu para 77 anos - recuo de 1,8 ano em relação a 2019, antes da pandemia

La expectativa de vida cayó 1,8 años, a 77 años.
Por Anna Edney - Melina Flynn
22 de Dezembro, 2021 | 12:05 PM

Bloomberg — A expectativa de vida nos Estados Unidos registrou sua maior queda em 75 anos, de acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, o CDC, à medida que a pandemia da Covid-19 se alastrava pelo país.

O coronavírus foi a terceira maior causa de mortes em 2020 no país, atrás apenas de doenças cardíacas e câncer, de acordo com o CDC em um relatório que traça os números anuais de mortalidade nos EUA, divulgado nesta quarta-feira (22).

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O relatório mostra que a expectativa de vida caiu para 77 anos, uma queda de 1,8 ano em relação a 2019. A queda foi “em grande parte por conta do aumento na mortalidade devido à Covid-19, lesões não intencionais, doenças cardíacas, homicídio e diabetes”, de acordo com o relatório. Lesões não intencionais incluem quedas, acidentes automobilísticos e envenenamento.

Cerca de 3,4 milhões de mortes foram registradas nos Estados Unidos no ano passado, quase 529 mil a mais do que em 2019. A Covid-19 foi listada como a causa principal em pelo menos 10% das mortes.

A taxa geral de mortalidade entre grupos étnicos aumentou 17%, o maior aumento em um ano desde que o governo começou a disponibilizar dados anuais de mortalidade, ou 835 mortes a cada 100 mil. Na faixa etária de 35 a 44 anos, a taxa de mortalidade aumentou 25%, ou 248 a cada 100 mil.

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As taxas de mortalidade aumentaram mais para homens hispânicos, 42,7%, e 32,4% para mulheres hispânicas. Enquanto a taxa de mortalidade para homens negros não hispânicos também aumentou, esta 28,0%, e aumento de 24,9% para mulheres negras não hispânicas.

A melhora registrada foi na taxa de mortalidade infantil, que diminuiu em 2020 em comparação com 2019, representando 2,9% das mortes a cada 100 mil nascidos. De acordo com o relatório, a síndrome de morte súbita infantil contribuiu para mais mortes em 2020 do que no ano anterior, enquanto as mortes de bebês prematuros também diminuíram.

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Melina Flynn

Melina Flynn é jornalista naturalizada brasileira, estudou Artes Cênicas e Comunicação Social, e passou por veículos como G1, RBS TV e TC, plataforma de inteligência de mercado, onde se especializou em política e economia, e hoje coordena a operação multimídia da Bloomberg Linea no Brasil.