Bloomberg — Cuba espera que a inflação termine 2021 em cerca de 70%, impulsionada por reformas econômicas dolorosas e aumento dos preços de importação, disse o ministro da Economia e do Planejamento, Alejandro Gil, à Assembleia Nacional na terça-feira.
Gil disse que o país havia previsto uma inflação de 60% neste ano, depois de implementar uma série de medidas econômicas em janeiro, incluindo o fim de um sistema monetário de duas camadas e o aumento dos preços dos principais produtos.
Mesmo assim, disse que controlar a inflação é um dos “principais desafios” de 2022.
Em outubro, uma autoridade do governo disse que as reformas econômicas levaram a aumentos de preços de até 6,900% no mercado informal. Na terça-feira, Gil chamou essa interpretação de “errada”, dizendo que foi usada como um exemplo de como o peso cubano poderia ter sido desvalorizado se a economia controlada pelo Estado tivesse sido “amarrada” à economia não estatal.
Gil também atribuiu a inflação às sanções econômicas dos EUA, que, segundo ele, fizeram com que milhares de contêineres de mercadorias não entregues fossem detidos em portos internacionais.
Cuba experimentou surtos incomuns de protestos públicos no início deste ano, em parte alimentados por dificuldades econômicas. Diante da queda do turismo em meio à pandemia, a economia contraiu 11% em 2020.
Gil reiterou que a economia crescerá 4% em 2022 após expansão de 2% neste ano.
Veja mais em bloomberg.com
Leia também
Do Nubank ao Rappi: por que o Brasil é destaque entre unicórnios da América Latina
Com sumiço e morte de bicho em voo, setor aéreo revê transporte de pet