OnlyFans: Fundador renuncia e diretora de marketing Ami Gan será nova CEO

Tim Stokely se tornará assessor da empresa com sede em Londres, que dirige desde o início de suas atividades, em 2016

El sitio web de OnlyFans en una computadora portatil.
Por Lucas Shaw
21 de Dezembro, 2021 | 03:36 PM

Bloomberg — A OnlyFans nomeou a porta-voz Ami Gan como nova CEO, substituindo Tim Stokely, que fundou e transformou a empresa de mídia em uma companhia de bilhões de dólares usada por estrelas pornôs, músicos e aficionados por fitness para compartilhar conteúdo com seus mais fervorosos admiradores.

Gan disse que foi decisão de Stokely se afastar e nomeá-la como sucessora. Os dois trabalharam juntos ao longo do último ano e meio, lutando contra o crescimento explosivo da empresa e o maior escrutínio público que seu sucesso atraiu.

PUBLICIDADE

Gan juntou-se à OnlyFans em 2020 como chefe de comunicações e marketing depois de trabalhar para a Red Bull, Quest Nutrition e um café cannabis com sede em Los Angeles. Stokely se tornará assessor da empresa com sede em Londres, que dirige desde o início de suas atividades, em 2016, de acordo com um comunicado divulgado na terça-feira.

Gan agora deve traçar um roteiro para o futuro de uma empresa que tem milhões de usuários e criadores, mas que luta contra a reputação de ser fornecedora de pornografia e de trabalho sexual. Ela disse que a empresa de capital fechado aumentará seu investimento em seu aplicativo de streaming gratuito, OFTV, e apresentará novas ferramentas para criadores.

“Trabalhamos lado a lado compartilhando nossa paixão pela economia criativa”, disse Gan em uma entrevista. “Nossa prioridade é continuar a ter o compromisso de ser a plataforma de mídia social mais segura do mundo.”

PUBLICIDADE

Stokely fundou a OnlyFans após alguns empreendimentos comerciais anteriores em pornografia online. A empresa ofereceu uma maneira de os criadores online cobrarem de seus fãs pelo acesso a fotos e vídeos exclusivos. Stokely vendeu uma participação majoritária para o empresário de internet Leonid Radvinsky.

O site ganhou seguidores entre as trabalhadoras do sexo que usavam o OnlyFans como uma forma segura e controlada de enviar fotos e vídeos ilícitos. O uso do site deu um salto durante a pandemia de Covid-19, pois todos, desde strippers e influenciadores de mídia social a celebridades convencionais, aderiram ao formato. Cardi B usou OnlyFans para promover uma nova música, enquanto a atriz Bella Thorne compartilhou fotos de si mesma.

A empresa se tornou uma queridinha da chamada economia criativa e conseguiu a venda de uma participação que levou seu valuation para mais de US$ 1 bilhão.

PUBLICIDADE

Mesmo assim, muitos investidores hesitaram em investir em uma empresa tão intimamente associada à pornografia. OnlyFans anunciou este ano que não permitiria mais conteúdo sexual, citando a dificuldade de fazer negócios com bancos e empresas de pagamentos. Ela reverteu a política depois de menos de uma semana sob protesto de muitos de seus principais criadores.

Gan recusou-se a comentar se a empresa está tentando levantar recursos, permanece comprometida com conteúdo sexual ou qualquer papel que Radvinsky possa ter desempenhado na mudança de liderança. Ela também se recusou a dizer se as breves mudanças de política durante o verão afetaram os negócios.

A empresa teve uma redução de 20% nas vendas quando seus usuários venderam assinaturas para seus fãs. Os criadores também cobram por mensagens privadas em chats. OnlyFans gerou cerca de US$ 1,2 bilhão em vendas no ano passado e estava no caminho para atingir cerca de US$ 2,5 bilhões este ano, de acordo com Axios.

Veja mais em bloomberg.com