Leilão de energia focado em termelétricas movimenta R$ 57,3 bilhões

No total foram 17 vencedores, sendo nove usinas de gás natural, cinco de óleo combustível, duas de óleo diesel e uma de Biomassa

Setor de transmissão é considerado como um dos com maior previsibilidade dentro do ecossistema elétrico
21 de Dezembro, 2021 | 04:00 PM

Bloomberg Línea — Nesta terça-feira (21) foi realizado o leilão para contratação de reserva de capacidade de energia pelo Ministério de Minas e Energia, onde foram movimentados R$ 57,3 bilhões, com deságio chegando a 15,34% e expectativa de investimento de R$ 5,98 bilhões.

Focado em termelétricas, o leilão de energia foi o último do ano mas o primeiro do Brasil para contratação de reserva de capacidade. No total, participaram da oferta 132 projetos, com 50.691 megawatts (MW) de potência, entre empreendimentos novos e já existentes, totalizando.

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Entre os vencedores do leilão estão Petrobras, Neoenergia e Eneva. No total foram 17 vencedores, sendo nove de gás natural, cinco de óleo combustível, duas de óleo diesel e uma de Biomassa. A potência contratada foi de 4.632 MW e preço médio de R$ 824 mil por MW por ano. Os contratos irão durar por 15 anos, com o início do suprimento da energia previsto para 2026 e 2027.

Os empreendimentos também puderam contratar energia no certame, respeitado o limite de até 30% de inflexibilidade por ano, que é o parâmetro indicador do mínimo que uma usina deve gerar constantemente.

As usinas são flexíveis, permanecendo desligadas e sendo acionadas só quando o Operador Nacional do Sistema achar que são necessárias para o suprimento demanda. O governo definiu um custo máximo de operação para as termelétricas inferior ao pago hoje para operação. Por isso, a expectativa é que, caso elas precisem ser acionadas em 2026, o valor nas contas de luz cobrado seria inferior ao de atualmente.

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Igor Sodré

Jornalista com formação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, com experiência na cobertura de cultura e economia, tendo como foco mercado financeiro e companhias. Passou pela Bloomberg News e TradersClub.