Petróleo despenca com temor por restrições à ômicron na semana do Natal

Investidores preveem novos lockdowns e restrições com o aumento de casos da variante nos EUA e na Europa

West Texas Intermediate para entrega em janeiro caía 4%, abaixo dos US$ 68
Por Saket Sundria e Alex Longley
20 de Dezembro, 2021 | 09:34 AM

Bloomberg — Os futuros do petróleo em Londres caíam abaixo de US$ 70 o barril acompanhando a queda generalizada nos mercados globais de ações e commodities, à medida que os receios com a variante ômicron voltam a aumentar. As infecções de Covid-19 estão crescendo nos EUA e na Europa, levando a restrições às viagens aéreas e de circulação social, o que cria temores de uma demanda de energia mais fraca.

Enquanto isos, nos EUA, o senador Joe Manchin surpreendeu a Casa Branca no domingo ao rejeitar o pacote de impostos e despesas de cerca de US$ 2 trilhões do presidente Joe Biden, deixando os democratas com poucas opções para revivê-lo. Economistas do Goldman Sachs Group cortaram as previsões de crescimento econômico do país após a mudança.

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Os ventos contrários estão aumentando, avançando para o período de férias, quando os menores volumes de negócios podem agravar as oscilações dos preços.

A demanda na Ásia está diminuindo, os bancos centrais estão se voltando para uma política monetária mais rígida para tentar conter a aceleração da inflação e a agenda econômica do presidente Biden sofreu um revés depois que o senador Manchin rejeitar o pacote de gastos.

“Não é o caso de se, mas quando os governos devem impor restrições de movimento mais duras”, disse Stephen Brennock, analista da corretora PVM Oil Associates, sobre o impacto da variante ômicron.

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Preços do petróleo

  • O preço do Brent para liquidação em fevereiro caía 4%, para US$ 70,63 o barril, perto das 9h35 horário de Londres (11h35 no horário de Brasília), após cair 2% na sexta-feira
  • O West Texas Intermediate para entrega em janeiro, que expira na segunda-feira, recuava 4,8% para US $ 67,49

O estado de Nova York quebrou um recorde de novas infecções e o prefeito da capital, Bill de Blasio, pediu ao governo federal que aumente o fornecimento de testes e tratamentos em meio a um aumento nas infecções causadas pela ômicron. O governo holandês anunciou planos para impor um lockdown mais rígido, enquanto o ministro da saúde da Alemanha alertou sobre outra onda de vírus causada pela variante.

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