Bloomberg — O minério de ferro ampliou os ganhos para o maior nível em dois meses em meio ao apoio de bancos chineses à economia e aumento da produção de siderúrgicas no fim do ano.
Em Singapura, os contratos futuros mostram o quinto avanço semanal, o período mais longo de valorização desde maio, com a perspectiva mais otimista para a demanda. Na segunda-feira, bancos chineses reduziram os juros pela primeira vez em 20 meses, na esteira da decisão da autoridade monetária no início do mês para reduzir a quantia que instituições financeiras devem manter nas reservas. A medida reflete a mudança de foco do governo chinês, antes no setor imobiliário e controle do coronavírus, para a recuperação da economia.
“As macro políticas para estabilizar a economia e redução dos requisitos de reservas pelo banco central da China aumentaram a confiança do mercado, enquanto expectativas de retomada da produção de usinas impulsionaram ainda mais os preços do minério de ferro”, escreveu a Huatai Futures em relatório.
O minério de ferro subiu quase 50% em relação a uma mínima em novembro com a perspectiva de estímulo e aumento de quase 12% da produção de aço bruto no primeiro terço de dezembro em relação ao mês anterior. Usinas têm aumentado os volumes este mês depois dos fortes cortes no começo do ano.
Ainda assim, os riscos permanecem, já que as restrições à produção de aço e antes da Olimpíada de Inverno podem pesar sobre a demanda por minério de ferro.
Em Tangshan, o centro siderúrgico da China, autoridades ativaram medidas de precaução para reduzir a poluição a partir de domingo até novo aviso, segundo a consultoria Mysteel, que citou um comunicado oficial. O governo local não retornou pedidos de comentário.
O minério de ferro chegou a subir 6,7%, para US$ 127,95 a tonelada, e era cotado a US$ 124,20 às 15h06 de Singapura, após um salto de 11% na semana passada. Os preços em Dalian fecharam em baixa de 0,4%. O vergalhão de aço e a bobina a quente também recuaram em Xangai.
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