Bloomberg — A Addi, startup que teve rápido crescimento ao oferecer a clientes na América Latina a opção “compre agora, pague depois”, levantou US$ 200 milhões em dívida e capital para ajudar a impulsionar a expansão na região.
A empresa de tecnologia financeira com sede em Bogotá disse que seu valuation está acima de US$ 700 milhões depois de levantar US$ 80 milhões em ações com o GIC Private, fundo soberano de Singapura, com o fundo da América Latina do SoftBank, entre outros. A rodada incluiu outros US$ 125 milhões em financiamento de dívida, a maior parte do Goldman Sachs.
A Addi tinha acabado de fechar uma rodada de captação de fundos em agosto, mas decidiu levantar mais capital para manter o crescimento, disse Santiago Suárez, CEO que cofundou a empresa em 2018.
A Addi se beneficia de um forte volume de venture capital na América Latina. Os investimentos anuais em startups da região superaram US$ 10 bilhões pela primeira vez - de acordo com a Associação para Investimento de Capital Privado na América Latina - com grandes fundos como SoftBank, Tiger Global Management e Sequoia Capital Operations em busca de investimentos.
“Os negócios têm se acelerado muito mais rápido do que o esperado”, disse Suárez. “Portanto, decidimos encher o tanque de gasolina para continuar avançando em 2022 sem ter que nos preocupar com a captação de fundos em um futuro próximo.”
A Addi tem agregado clientes e varejistas em meio à expansão das vendas online e comércio eletrônico que durante a pandemia. A empresa, que recentemente entrou no Brasil, vai abrir um escritório no México em 2022 e está de olho em outros mercados, de acordo com Suárez.
Mais de 500 mil clientes e mil varejistas estão usando o sistema de processamento de pagamentos, em comparação com cerca de 30 mil clientes e 20 comerciantes há um ano, disse. O objetivo é quintuplicar o crescimento em 2022.
A tecnologia compre agora, pague depois da empresa permite que os clientes financiem as compras em prestações. A fintech também lançou um recurso de compra com um clique. A Addi trabalha com grandes varejistas, como Apple e Nike, mas também com pequenas lojas familiares.
É um ajuste natural em uma região onde a maioria da população não tem acesso a cartões de crédito ou outros produtos bancários, disse Suárez.
“Como consumidor, você pode ser rejeitado, pode não se qualificar, existem todas essas coisas que podem acontecer e tornam tudo muito difícil”, afirmou. “Estamos no bom caminho para construir uma nova forma de pagamento na região.”
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