Bloomberg — Gabriel Boric, o presidente eleito do Chile, procurou tranquilizar investidores nervosos dizendo que manteria a disciplina fiscal e as relações internacionais do país assim que assumir o cargo.
Depois de se reunir com o atual presidente, Sebastian Pinera, nesta segunda-feira, na primeira etapa da transição, ele falou com a imprensa e foi questionado sobre a queda nos ativos locais após sua vitória.
Boric disse que sua equipe está observando de perto os mercados e que o Chile manterá seu compromisso com a prudência fiscal. “Os gastos permanentes devem ser acompanhados por uma receitas permanentes, e avançaremos nas reformas passo a passo para que não saia do controle”, disse ele.
Os ativos locais despencaram após a vitória do candidato de esquerda na eleição presidencial de domingo, com o peso fechando em baixa recorde na segunda-feira, e o principal indicador de ações caindo mais de 6%. Embora afirme que leva o assunto a sério, Boric também expressou um sentimento de independência ao acrescentar que “as decisões democráticas do povo chileno não devem estar sujeitas a outras pressões”.
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Boric também disse a jornalistas que haveria continuidade nas atuais relações internacionais e políticas pandêmicas. As políticas atuais para combater a Covid do Chile estão provando ser bem-sucedidas, com altas taxas de reforço e uso rigoroso de máscaras.
O presidente eleito disse que sua equipe e a de Pinera trabalhariam para encontrar um terreno comum, apesar das fortes diferenças políticas. Ele toma posse em 11 de março.
O mercado está especialmente interessado em quem será o próximo ministro das Finanças e ele também foi questionado sobre isso. Boric disse que a decisão seria tomada dentro de um mês.
“É importante oferecer certezas o mais rápido possível”, afirmou.
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