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No auge da crise energética, Angra 3 retoma obras

Também no Breakfast: Volatilidade é marca nos mercados, com ressaca pós-decisões de bancos centrais e vencimento de opções nos EUA; Inflação começa a diminuir o ônus da dívida mundial e Lula lidera com 48% das intenções de votos, Bolsonaro tem 22%, diz Datafolha

17 de Dezembro, 2021 | 06:59 AM
Tempo de leitura: 2 minutos

Bom dia! Hoje é 17 de dezembro de 2021 e este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias do dia

A Eletronuclear se prepara para retomar as obras de Angra 3 no início de 2022, em meio a uma das maiores crises hídricas vividas pelo país, o que pode colocar a energia nuclear no topo da discussão sobre as fontes energéticas brasileiras.

A expectativa é que a usina da empresa, uma divisão da Eletrobras, entre em operação até o fim de 2026 com capacidade de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, disse o presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães. Seria energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período.

  • O investimento necessário para concluir a obra é alto: cerca de R$ 17 bilhões. Ainda assim, Guimarães afirma que nem toda fonte de energia pode ser substituída pela eólica ou solar e a única energia térmica que não gera efeito estufa é a nuclear.
  • “A energia térmica fóssil é muito mais cara,” disse. Segundo ele, hoje o Brasil tem contratado energia de térmicas que chegam a custar mais de R$ 2 mil por megawatt. O preço de referência em Angra 3 é de cerca de R$ 480 o megawatt.
Projeto iniciado há 37 anos, a usina já teve suas obras interrompidas duas vezes; de 1984 até hoje, já foram investidos R$ 7,8 bilhões na construção de 67% das obras civis da usina

Na trilha dos Mercados

Assentadas as expectativas em torno da política monetária de bancos centrais mundiais, que esta semana deram muito o que falar, hoje o mercado experimentará uma sessão sem grandes referências. Se espera algo de volatilidade, pois é dia de vencimento de opções e futuros sobre índices e ações no mercado dos Estados Unidos, o chamado “quadruple witching”.

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Nesta manhã, as bolsas europeias declinavam. Os futuros de índices em Nova York já abriram voláteis e há pouco recuavam. Com a perspectiva de aumento dos juros, os investidores tendem a substituir as ações de tecnologia pelas de setores mais cíclicos. Ontem, por exemplo, depois de um começo muito positivo, o índice Nasdaq recuou 2,47% e o S&P 500 fechou com 0,87% de baixa.

Um panorama dos mercados

Bancos centrais roubando a cena

Nesta semana, os bancos centrais conseguiram roubar da variante ômicron o posto dos temas mais discutidos pelo mercado. As autoridades monetárias sinalizaram que podem até tolerar o coronavírus, mas a inflação galopante está difícil de tragar.

  • Ontem, o Banco da Inglaterra (BoE) subiu as taxas de juros pela primeira vez em três anos - o primeiro grande banco central a aumentar sua taxa de referência desde o início da pandemia. Com a chegada da variante ômicron, os operadores haviam deixado de lado suas apostas de aumento dos juros pelo BoE para frear a inflação – a mais alta em mais de uma década.
  • Já o Banco Central Europeu (BCE) decidiu, temporariamente, ampliar a compra mensal de títulos para suavizar a saída da política de estímulo pandêmico. A surpresa foi que, em vez de manter mais flexibilidade com o programa de recompra, o BCE optara por prover liquidez com volumes fixos e redução gradual, política classificada pelo mercado como mais “agressiva”.
  • Banco do Japão mostrou sinais de uma retirada cautelosa de seu programa de estímulo econômico. Na quarta-feira, o Federal Reserve (Fed) mostrou que seu novo estilo “hawkish” veio para ficar e sinalizou que, para domar a inflação, está preparado para elevar o custo do dinheiro a um passo mais acelerado em 2022. Hoje, os olhos se voltam à Rússia, que deve subir novamente o preço do dinheiro.

Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados

No radar

  • Decisões de bancos centrais: Colômbia, Japão, Rússia
  • Vendas ao varejo (novembro) e GfK confiança do consumidor (dezembro) do Reino Unido, PPI da Alemanha (novembro), Índice de Preços ao Consumidor da zona do euro (novembro)- Rebalanceamento trimestral dos índices S&P e Dow Jones entre em vigor após o fechamento dos mercados
  • Dia do “quadruple witching” no mercado dos EUA, quando as opções e futuros sobre índices e ações expiram

Destaques da Bloomberg Línea

Também é importante

Opinião Bloomberg

Adeptos a criptomoedas estão fazendo as perguntas erradas

O debate, que já perdura há um tempo, na comunidade das criptomoedas é se o Bitcoin terá um desempenho melhor do que os “altcoins”, geralmente definidos como moedas digitais diferentes do Bitcoin, como Ethereum, Solana, Cardano e Polkadot. Os extremistas do Bitcoin dizem que a única reserva real de valor é o Bitcoin, pois ele é perfeitamente descentralizado e o número de moedas que podem existir é estritamente limitado. Isso é verdade. Mas a verdadeira questão é se os investidores de criptomoedas precisam necessariamente de uma verdadeira reserva de valor ou se há espaço para vários blockchains com funções diferentes.

Pra não ficar de fora

 Indústria musical vive um período de consolidação, impulsionada pelo aumento da receita de serviços baseados em assinatura, como o Spotify

A Warner Music Group concordou em comprar a 300 Entertainment, gravadora independente cujos artistas incluem Megan Thee Stallion, Young Thug e a recente contratada Mary J. Blige.

A 300 foi co-fundada pelos ex-executivos da Warner Lyor Cohen, Kevin Liles e Roger Gold. Ela é mais conhecida por seus artistas de hip-hop. Liles continuará como CEO, presidindo uma coleção de selos da Warner como parte de seu Elektra Music Group, disse a empresa em um comunicado divulgado nesta quinta-feira (16).

Os termos financeiros não foram divulgados, mas uma pessoa com conhecimento do assunto avalia a transação em cerca de US$ 400 milhões. As músicas detidas pela 300 já foram distribuídas pela unidade Atlantic, da Warner.

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