Bloomberg — A terapia de anticorpos contra Covid-19 da AstraZeneca reteve a atividade neutralizante contra a variante ômicron em testes de laboratório, sinalizando que o tratamento ainda deve proteger contra o patógeno.
A combinação de medicamentos de longa ação, autorizada para uso nos Estados Unidos para a prevenção da doença em pessoas de alto risco, produziu os mesmos níveis de anticorpos neutralizantes encontrados em alguém previamente infectado com o vírus, disse a empresa na quinta-feira (16).
Os dados pré-clínicos foram gerados por pesquisadores da Food and Drug Administration dos Estados Unidos utilizando uma testagem da espícula da ômicron (que possui mais de 30 mutações) com pseudovírus. A variante ômicron não estava em circulação no momento em que os testes foram feitos para o medicamento, chamado evusheld.
“Ao combinar dois anticorpos potentes com atividades diferentes e complementares contra o vírus, o evusheld foi projetado para combater a possível resistência com o surgimento de novas variantes do SARS-CoV-2″, disse Mene Pangalos, chefe de pesquisa biofarmacêutica da AstraZeneca, em comunicado.
A empresa disse que está realizando mais testes junto com laboratórios externos e espera-se obter mais dados.
Os resultados mostram um quadro semelhante ao do medicamento com anticorpos criado pela GlaxoSmithKline e pela Vir Biotechnology. As empresas disseram na semana passada que seu tratamento com anticorpos contra Covid-19 foi eficaz contra toda combinação de mutações em testes feitos in vitro contra um pseudovírus ômicron.
As descobertas são um alívio depois que vários especialistas médicos expressaram preocupação com o fato de que as drogas com anticorpos, que visam a espícula, como as vacinas, podem ser comprometidas pela nova cepa.
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