Ômicron: medicamento da AstraZeneca dá resultado em laboratório

Constatação é que os níveis de anticorpos encontrados no teste são compatíveis com os apresentados por alguém previamente infectado

Dados foram obtidos por pesquisadores da Food and Drug Administration dos EUA
Por Suzi Ring
16 de Dezembro, 2021 | 06:14 PM

Bloomberg — A terapia de anticorpos contra Covid-19 da AstraZeneca reteve a atividade neutralizante contra a variante ômicron em testes de laboratório, sinalizando que o tratamento ainda deve proteger contra o patógeno.

A combinação de medicamentos de longa ação, autorizada para uso nos Estados Unidos para a prevenção da doença em pessoas de alto risco, produziu os mesmos níveis de anticorpos neutralizantes encontrados em alguém previamente infectado com o vírus, disse a empresa na quinta-feira (16).

Os dados pré-clínicos foram gerados por pesquisadores da Food and Drug Administration dos Estados Unidos utilizando uma testagem da espícula da ômicron (que possui mais de 30 mutações) com pseudovírus. A variante ômicron não estava em circulação no momento em que os testes foram feitos para o medicamento, chamado evusheld.

“Ao combinar dois anticorpos potentes com atividades diferentes e complementares contra o vírus, o evusheld foi projetado para combater a possível resistência com o surgimento de novas variantes do SARS-CoV-2″, disse Mene Pangalos, chefe de pesquisa biofarmacêutica da AstraZeneca, em comunicado.

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A empresa disse que está realizando mais testes junto com laboratórios externos e espera-se obter mais dados.

Os resultados mostram um quadro semelhante ao do medicamento com anticorpos criado pela GlaxoSmithKline e pela Vir Biotechnology. As empresas disseram na semana passada que seu tratamento com anticorpos contra Covid-19 foi eficaz contra toda combinação de mutações em testes feitos in vitro contra um pseudovírus ômicron.

As descobertas são um alívio depois que vários especialistas médicos expressaram preocupação com o fato de que as drogas com anticorpos, que visam a espícula, como as vacinas, podem ser comprometidas pela nova cepa.

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