Ômicron será dominante na Europa em meados de janeiro, alertam autoridades

Países da UE estão tomando uma série de medidas para combater, ou pelo menos desacelerar, a onda ômicron

Líderes da UE discutem maneiras de combater a nova cepa do vírus
Por John Follain - Katharina Rosskopf - Iain Rogers
15 de Dezembro, 2021 | 01:31 PM

Bloomberg — A variante ômicron provavelmente será dominante na Europa em meados de janeiro, segundo declaração a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na quarta-feira (15), acrescentando que o número de casos parece estar dobrando a cada dois ou três dias.

Von der Leyen disse que a atual onda da Covid-19 na Europa ainda está sendo impulsionada pela variante delta, mas é importante implementar mais vacinas e doses de reforço para combater a nova cepa. Ela observou que a Europa pode agora produzir 300 milhões de doses de vacinas por mês.

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“Faremos todo o possível para garantir que o ceticismo quanto à vacinação seja superado porque o preço que pagaremos se as pessoas não forem vacinadas só vai aumentar”, disse ela em um discurso ao Parlamento Europeu.

Os países da UE estão tomando uma série de medidas para combater, ou pelo menos desacelerar, a onda ômicron. A Itália impôs uma nova regra exigindo que todos os visitantes - incluindo os de outros países da UE - apresentem um teste de Covid negativo antes de entrar no país. A Finlândia também planeja tornar mais rígidas suas regras de viagem, exigindo que os viajantes de fora do bloco apresentem um teste negativo.

A Dinamarca, que tem um dos programas de triagem de vírus mais rigorosos da Europa, já confirmou que está testemunhando mais de 1.000 casos diários de ômicron. A primeira-ministra Mette Frederiksen disse na terça-feira (15) que a variante está se espalhando “em um ritmo feroz”, chamando-a de “uma situação séria”.

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Os líderes do bloco estão se reunindo em Bruxelas esta semana para discutir maneiras de combater a nova cepa do vírus, com foco particular nas vacinas de reforço. Mas eles estão se empenhando para harmonizar suas regras de viagem e para garantir que outras medidas sejam coordenadas em toda a UE.

Ainda há alguns soluços no esforço de vacinação. O novo ministro da saúde da Alemanha, Karl Lauterbach, informou que o país, que já estava atrás de alguns de seus vizinhos nas taxas de vacinação, não tem doses suficientes para os próximos meses.

Temos uma escassez de vacina para o primeiro trimestre e já estou trabalhando há vários dias para corrigir isso”, disse Lauterbach na terça-feira (14) em uma entrevista à televisão ARD. Ele disse que está em contato direto com os fabricantes para resolver o problema, que veio à tona após uma auditoria de suprimentos realizada nos últimos dias.

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A Alemanha pode precisar de 60 milhões de doses, informou o Business Insider na quarta-feira (15), citando cálculos do Ministério da Saúde.

Questionada sobre o relatório, uma porta-voz do ministério disse por e-mail que ainda não foi capaz de fornecer dados atualizados sobre o fornecimento de vacinas para o próximo ano.

Ela disse que a auditoria mostrou que não haverá doses suficientes nos primeiros três meses de 2022 para sustentar o ritmo atual de vacinação e referiu-se à promessa de Lauterbach de resolver o problema.

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Cerca de 25 países europeus confirmaram casos de ômicron, de acordo com o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças. Uma análise preliminar dos casos iniciais relatados mostra que cerca de 70% deles foram por transmissão local e não foram associados a viagens à África, onde a variante foi identificada pela primeira vez.

“Isso indica que a transmissão não detectada na comunidade pode estar em andamento” na Europa, disse o ECDC.

--Com a colaboração de Jorge Valero, Chiara Albanese, Kati Pohjanpalo e Christian Wienberg.

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