Moderna inicia testes da vacina da Covid-19 em pacientes com HIV

Estudo, que incluirá cerca de 14 mil voluntários, terá um duplo propósito ao avaliar também a eficácia dos imunizantes contra a variante ômicron

A África é responsável por 70% das infecções por HIV no mundo, com 8,2 milhões de pessoas, ou 13%, da população da África do Sul
Por Antony Sguazzin
15 de Dezembro, 2021 | 08:03 AM

Bloomberg — A Moderna vai iniciar testes da vacina contra a Covid-19 em oito países africanos para determinar a eficácia em pessoas portadoras do vírus da imunodeficiência.

O estudo, que incluirá cerca de 14 mil voluntários, terá um duplo propósito ao avaliar também a eficácia contra a variante ômicron, de acordo com uma declaração conjunta da Rede de Prevenção da Covid-19 e do Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul.

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A empresa é “a primeira a avaliar especificamente a eficácia de uma vacina da Covid-19 em pessoas que vivem com o HIV, incluindo aquelas com infecções mal controladas”, disseram os grupos. “Além de examinar a eficácia das vacinas de mRNA da Covid-19 em pessoas que vivem com o vírus, os investigadores do estudo procuram identificar o regime ideal de vacinação para esta população.”

A África é responsável por 70% das infecções por HIV no mundo, com 8,2 milhões de pessoas, ou 13%, da população da África do Sul.

Os cientistas levantaram a hipótese de que as variantes beta e ômicron, ambas identificadas pela primeira vez no sul da África, podem ter surgido porque uma pessoa com HIV não controlado foi infectada com Covid-19 por um longo período, permitindo a mutação do patógeno.

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O estudo será realizado na África do Sul, Zimbábue, eSwatini, Botswana, Malawi, Zâmbia, Uganda e Quênia. A pesquisa irá se chamar Ubuntu, uma palavra do idioma Nguni que significa “eu sou porque você é”, enfatizando o espírito de comunidade.

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