Powell: Não estamos atrás da curva e há risco real de inflação persistente

Presidente do Fed falou nesta quarta-feira sobre velocidade do tapering e expectativas para inflação

Powell admite aumento de incertezas com variante ômicron
15 de Dezembro, 2021 | 04:35 PM

Bloomberg — O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, comenta nesta quarta-feira (15) a decisão de juros e sobre a redução do tapering, divulgadas agora há pouco.

  • A taxa Fed Funds foi mantida no intervalo entre 0,0% e 0,25%, e assim continuará até que o mercado de trabalho atinja níveis consistentes, de acordo com o Fomc.

Conforme a decisão, o comitê dobrou o tamanho do ritmo de redução de compras de títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipoteca, o chamado tapering, para agora US$ 30 bilhões por mês.

PUBLICIDADE

Acompanhe os comentários ao vivo:

Jerome Powell comenta decisão do Fed, 16h33

  • Com isso, podemos terminar o programa de ajuda em meados de março, antes do estimado de novembro de 2022;
  • Se a recuperação da economia continuar, o programa de recompra de títulos vai ter uma redução similar a desta reunião;
  • Estamos cortando nossas compras de títulos porque a economia não precisa mais desse apoio;
  • Não há certeza onde a economia estará daqui um ano ou mais;
  • A inflação continuará subindo além de nossa meta de 2% no próximo ano;
  • O aumento dos preços está mais amplo agora;
  • Os problemas com logística se mantiveram maiores e por mais tempo do que o esperado. Assim, a alta da inflação deve se manter bem colocada pelo próximo ano;
  • Como a recuperação do mercado de trabalho vai continuar é uma dúvida caso o aumento de casos de Covid-19 continue;
  • Acreditamos que o pleno emprego será alcançado no próximo ano;
  • Há risco real de que a inflação seja mais persistente;
  • Projeções do Fed não representam plano;
  • Após inflação em outubro, vimos necessidade de acelerar o tapering;
  • Não prevejo longa espera entre tapering e alta de juros;
  • Não diria que estamos atrás da curva;
  • Discutimos timing de alta de juros nas próximas reuniões;
  • Estaremos posicionados para subir juros se for necessário;
  • Alta da inflação pode ser a maior ameaça ao emprego;
  • Estamos confortáveis que a economia pode lidar com a ômicron;
  • Demanda global por Treasuries não surpreende;
  • Demanda forte, com suporte fiscal, estimulou a inflação;

--Mais informações a seguir

Ana Siedschlag

Editora na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero e especializada em finanças e investimentos. Passou pelas redações da Forbes Brasil, Bloomberg Brasil e Investing.com.