Bloomberg — A PepsiCo e a Cargill estão entre as empresas que devem anunciar investimentos no Triângulo Norte da América Central na segunda-feira, o que eleva o total sob a iniciativa da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, para mais de US$ 1,2 bilhão.
O anúncio será feito em reunião de Harris com executivos na segunda-feira, segundo funcionários da Casa Branca. Os participantes incluirão o presidente da Microsoft, Brad Smith, cuja empresa anunciou planos para impulsionar o treinamento de habilidades digitais e o acesso à Internet na região, quando Harris deu início ao chamado “Call to Action” com US$ 750 milhões em compromissos em maio.
Entre os investimentos, a Cargill destinará US$ 150 milhões à sua cadeia de suprimentos nos países do chamado Triângulo Norte: Honduras, Guatemala e El Salvador; a PepsiCo vai gastar US$ 190 milhões, que incluem melhorias na infraestrutura e fabricação; a Parkdale Mills investirá US$ 150 milhões em uma fábrica de fiação em Honduras; e a empresa de café JDE Peet’s BV aumentará o apoio financeiro a pequenos agricultores em 40%, disseram as autoridades.
Outras companhias e grupos que planejam investimentos incluem MasterCard, Nespresso, PriceSmart, Grupo Mariposa e CARE International.
O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu que Harris liderasse a estratégia do governo para a região, que tem sido a principal fonte do aumento da migração ilegal para o território americano. Ela pediu que empresas e projetos sociais assumam compromissos significativos para ajudar a expandir as economias, como uma forma de motivar as pessoas a permanecerem em seus países de origem.
Em sua proposta de orçamento para o ano fiscal de 2022, Biden pediu ao Congresso US$ 861 milhões em ajuda para a região como um primeiro passo em direção a um compromisso de quatro anos de US$ 4 bilhões. As metas para os investimentos incluem estimular o crescimento econômico, combater a corrupção e melhorar a segurança.
O governo Biden enfrenta um número sem precedentes de migrantes na fronteira sul dos EUA. Cerca de 1,7 milhão de pessoas tentaram atravessar a fronteira no ano fiscal encerrado em setembro, mais que o triplo do número do ano anterior, de acordo com a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA.
Cerca de 80% eram do México, El Salvador, Guatemala e Honduras.
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