Simpar, dona da Movida, vai investir até R$ 12 bi em 2022

Companhia, que também controla a JSL e Vamos, tem expectativa de aporte 20% superior ao aplicado em 2021 e não considera possíveis aquisições

Grupo pretende investir na renovação da frota de veículos leves e pesador
13 de Dezembro, 2021 | 08:05 AM

Bloomberg Línea — A Simpar, holding que controla a JSL (logística), Movida (aluguel de carros), Vamos (aluguel de máquinas e caminhões), CS Brasil (concessões de serviços), Original (revenda de veículos), BBC (leasing de veículos) e CS Infra (gestão de resíduos sólidos urbanos), pretende investir entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões em 2022. O montante equivale aos aportes de capital que as empresas farão para expansão e melhorias de suas respectivas operações e não levam em consideração eventuais aquisições que sejam realizadas.

Os investimentos serão realizados por quatro das sete empresas controladas pela Simpar. A Movida, operação destinada ao aluguel de veículos de passeio deve receber a maior parte dos recursos e aplicar entre R$ 5,1 bilhões e R$ 6 bilhões, especialmente para aquisição de novos carros. A Vamos, empresa que atua no aluguel de máquinas e veículos pesados, como caminhões e máquinas agrícolas, receberá uma fatia entre R$ 4,3 bilhões e R$ 4,8 bilhões. Completando a lista, a JSL fará investimentos entre R$ 400 milhões e R$ 700 milhões, enquanto CS Infra e CS Brasil, juntas, receberão entre R$ 200 e R$ 500 milhões.

PUBLICIDADE

Veja mais: Lucro da Simpar bate recorde e grupo prevê consolidação no mercado de logística

“Os recursos serão sobretudo direcionados para a expansão da frota de veículos leves e pesados e não incluem aquisições”, disse Fernando Simões, CEO da Simpar. Segundo o executivo, os investimentos previstos para o ano que vem são resultado dos orçamentos anuais das companhias e provenientes da geração de caixa de cada uma delas e respeitarão as estruturas de capital planejada, sem a necessidade de oferta de ações no mercado para capitalização.

Os investimentos previstos para 2022 representam um crescimento de 20% em comparação ao valor destinado neste ano. A ideia é expandir os negócios e contratos que ofereçam os maiores retornos financeiros às empresas. “Estamos executando nosso plano com muita responsabilidade, reforçando os pilares e metas de expansão nas áreas de logística, mobilidade e de concessões, setores de receitas resilientes e com alto potencial de crescimento”, afirma Simões.

PUBLICIDADE

Veja mais: Receita trimestral de R$ 1,17 bi eleva lucro da JSL em quase cinco vezes

Expansão no mercado de revendas

Apesar de ter ficado de fora do plano dos grandes investimentos do ano que vem, a Original, operação da holding que atua no mercado de revendas de automóveis, anunciou na noite de ontem a aquisição da Grupo Saga, do Maranhão. O valor do negócio não foi divulgado, mas a compra agregará R$ 707 milhões ao faturamento da Original, o que eleva para R$ 3,2 bilhões, considerando os resultados do terceiro trimestre.

Com o negócio, Alessandro Soldi, até então dono do Grupo Saga, assume a presidência da Original. O pagamento será feito 51% em dinheiro e 49% em ações da Original que, quando convertidas, darão a Soldi uma participação de 12,6% do capital da nova empresa.

PUBLICIDADE

As 14 lojas do Grupo Saga estão situadas na cidade de São Luis (MA) e marcarão a entrada da Original no Nordeste. Considerando as operações da Original e as recentes aquisições da UAB Motors e da Saga, a Original passará a ter 47 pontos de venda em 16 municípios, comercializando 18 marcas.

Leia também

Decisão do Fed sobre inflação e omicron devem ditar sentimento do mercado

PUBLICIDADE

G-7 alerta Rússia sobre “consequências massivas” sobre a Ucrânia

Lei que proibe aborto do Texas inspira lei anti-armas na Califórnia

Alexandre Inacio

Jornalista brasileiro, com mais de 20 anos de carreira, editor da Bloomberg Línea. Com passagens pela Gazeta Mercantil, Broadcast (Agência Estado) e Valor Econômico, também atuou como chefe de comunicação de multinacionais, órgãos públicos e como consultor de inteligência de mercado de commodities.