São Paulo — Em recuperação judicial, a fabricante de peças para a indústria de petróleo e gás Lupatech conquistou um contrato de R$ 27,596 milhões com a Petrobras, notícia que fez sua ação disparar até 10,47% no pregão da B3, na manhã desta segunda-feira (13).
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Em fato relevante, a companhia informou que o contrato foi celebrado, na última sexta-feira (10), e prevê o fornecimento de válvulas de controle tipo esfera. A Lupatech o contrato é sem obrigação de compras pelo cliente, válido pelo prazo de 18 meses e renovável por igual período mediante acordo entre as partes.
Atualmente sediada em Nova Odessa (interior de São Paulo), a Lupatech vê sua ação acumular ganhos de 173% no período de 12 meses. O papel (LUPA3) é consideradouma das queridinhas entre daytraders por suas bruscas oscilações, que permitem ganhos rápidos ao longo de um pregão.
Neste ano, a ação proporcionou diversos ciclos de rali com especulações sobre seu processo de recuperação judicial e seus resultados futuros após ter voltado ao lucro, no quarto trimestre de 2020.
Nesta segunda-feira, por volta do meio-dia, o volume de transações com LUPA3 já representava 60% da média diária, com mais de 2.000 transações e R$ 10,3 milhões negociados.
O contrato com a Petrobras serve para impulsionar a ação. No dia 27 de setembro, a Lupatech havia anunciado a retomada de sua presença no mercado de construção de embarcações FPSO (Floating Production Storage and Offloading, unidade flutuante capaz de produzir, estocar e transferir petróleo), recebendo um pedido para fornecimento de válvulas dirigidas à construção de um navio-plataforma no valor de US$ 3,4 milhões, com entregas previstas entre o primeiro e o segundo trimestres de 2022 e opção para a aquisição de equipamentos adicionais.
Em 12 meses, a ação chegou a cravar máxima de R$ 11,86. Por volta de 12h, estava em alta de 5,57%, cotada a R$ 6,25. No ano passado, chegou a apresentar mínima de R$ 1,84.
A Lupatech entrou com pedido de recuperação judicial em 26 de maio de 2015, na comarca de São Paulo, após tentar negociar com credores durante dois anos. A companhia teve seu nome citado no escândalo dos subornos da Operação Lava-Jato.
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