Comissários culpam embriaguez por recusa em usar máscara em voos

Incentivo a compra de bebidas alcoólicas nos aeroportos são motivo de confusões durante as viagens, dizem representantes do setor

Nos EUA, incidentes de violência a bordo e comportamento indisciplinado durante a pandemia se concentraram no uso obrigatório de máscaras
Por Christopher Jasper
13 de Dezembro, 2021 | 03:55 PM

Bloomberg — Comissários de bordo dos Estados Unidos querem que os aeroportos limitem as vendas de bebidas alcoólicas para passageiros antes dos voos, pois o excesso estaria por trás de discussões nos aviões.

“Temos visto um incentivo para o consumo de bebidas alcoólicas para tentar aumentar as vendas”, disse Sara Nelson, presidente da Associação de Comissários de Bordo (AFA, na sigla em inglês), citando dados que mostram o número crescente de incidentes. Os aeroportos têm “enviado a mensagem errada sobre pessoas que bebem até o segundo em que entram no avião e até mesmo que podem levar essa bebida alcoólica para o avião”.

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Passageiros desordeiros começam a ser um problema para aéreas ao redor do mundo

Embora uma política de tolerância zero e mensagens aprimoradas tenham tido algum impacto na redução de incidentes em voos, os aeroportos não conseguiram desencorajar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, disse Nelson em conferência da Associação Internacional de Transporte Aéreo na semana passada. Southwest Airlines e American Airlines proibiram as vendas de bebidas alcoólicas a bordo para passageiros da classe econômica até pelo menos janeiro, após o lobby de grupos como a AFA.

Os comentários de Nelson, cujo grupo representa tripulações de cabine dos Estados Unidos, podem ajudar nos esforços para limitar vendas “para viagem” de bebidas alcoólicas nos aeroportos. O chefe da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), Steve Dickson, e o deputado Peter DeFazio, de Oregon, têm feito apelos para que bares de aeroportos parem de vender bebidas para levar.

Nos EUA, incidentes de violência a bordo e comportamento indisciplinado durante a pandemia se concentraram no uso obrigatório de máscaras.

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Quase 75% dos mais de 5.300 relatos sobre passageiros indisciplinados registrados pela FAA até 23 de novembro foram relacionados ao uso de máscara. Mais de 1.000 casos eram graves o suficiente para justificarem uma investigação formal, contra cerca de 140 um ano antes da pandemia.

Beber tem o efeito de encorajar pessoas que se ressentem de serem obrigadas de usar máscara para um confronto direto, disse Nelson.

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