Bloomberg — Autoridades de saúde do Reino Unido esperam que a ômicron se torne a variante dominante em meados de dezembro, mas disseram que os primeiros dados mostram que os reforços podem “melhorar consideravelmente a eficácia” contra a nova variante.
As evidências mostram que a ômicron está se espalhando muito mais rápido do que a delta na Inglaterra e os casos graves devem ser responsáveis por cerca de metade das novas infecções até o meio do mês, disseram as autoridades.
Um estudo anterior da eficácia da vacina mostrou que as vacinas da AstraZeneca e Pfizer-BioNTech forneceram níveis muito mais baixos de proteção contra a infecção sintomática do que contra a variante delta. No entanto, dados preliminares sugerem que a eficácia contra as novas variantes parece aumentar consideravelmente no período inicial após uma dose de reforço, fornecendo cerca de 70% a 75% de proteção contra infecções sintomáticas. No entanto, a análise incluiu apenas um pequeno número de casos.
A eficácia contra doenças graves ainda é desconhecida, mas deve ser maior, disse o governo na sexta-feira (10).
O Reino Unido decidiu reimpor algumas medidas, incluindo uso de máscara em ambientes fechados e orientação para trabalhar em casa, já que a ômicron se espalha rapidamente pelo país. A nova variante pode estar se espalhando mais rápido na Inglaterra do que na África do Sul e os casos podem chegar a 60.000 por dia no Natal no Reino Unido, de acordo com o epidemiologista John Edmunds.
As primeiras indicações da eficácia da vacina contra a ômicron deram um quadro misto, com a Pfizer e a BioNTech SE dizendo que os estudos iniciais de laboratório mostram que uma terceira dose pode ser necessária para neutralizá-lo. Pesquisadores na África do Sul também descobriram uma queda no nível de proteção de anticorpos daquela vacina em relação à nova variante, embora as chamadas células T ainda possam oferecer uma defesa imunológica contra doenças graves.
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