China tenta dominar narrativa sobre colapso da Evergrande

Pequim parece tentar dar um recado a investidores globais: não haverá resgate da Evergrande, mas os riscos estão circunscritos

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Bloomberg — Declarações de instituições governamentais na China mostram que as autoridades estão se movimentando para administrar a mensagem sobre o colapso da China Evergrande Group no exterior, mesmo com a incorporadora calada sobre o calote.

Comunicados em inglês distribuídos por instituições como a Comissão Reguladora de Bancos e Seguros e uma gravação do comandante do banco central na quinta-feira (9) sugerem que Pequim tenta passar um recado bem claro aos investidores globais: não haverá resgate da Evergrande, mas os riscos estão circunscritos.

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Trata-se de uma rara abordagem coordenada para controlar a narrativa internacional sobre uma empresa quebrada.

Os sinais iniciais de uma futura flexibilização da política governamental — vindos do premiê Li Keqiang sobre um possível corte no depósito compulsório dos bancos — coincidiram com a primeira enxurrada de comunicados da Evergrande. Houve recuperação de alguns dos junk bonds denominados em dólar de companhias chinesas. Internamente, a cobertura da mídia sobre a quebra da incorporadora é escassa.

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Os investidores estrangeiros enfrentam a maior tensão desde a eclosão da crise na Evergrande. Os níveis de estresse no mercado de dívida offshore da China permanecem extremamente elevados, segundo monitores de crédito da Bloomberg na China. A maior desvalorização em uma década nos junk bonds chineses provocaram um salto nos rendimentos, que depois recuaram para cerca de 20%. Alguns fundos globais de dívida sofreram perdas recordes. Já o mercado doméstico chinês, muito maior, permaneceu resiliente.

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