Ômicron: Entenda as novas regras para entrada no Brasil

Portaria privilegia comprovante de vacina como principal meio de entrada no país e quarentena de cinco dias para não-vacinados que chegarem em voos a partir de sábado

Principal aeroporto internacional do país
09 de Dezembro, 2021 | 11:17 AM

Bloomberg Línea — A partir de sábado (11), viajantes que chegarem ao Brasil por voos internacionais sem comprovantes de vacinação terão de apresentar teste da doença, realizado até 72 horas antes do embarque, e cumprir quarentena de cinco dias. Por terra, as exigências são comprovante de vacinação ou teste negativo.

Estas novas regras para o ingresso no Brasil estão em portaria publicada nesta quinta-feira (9) no Diário Oficial da União, assinada pelos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Marcelo Queiroga (Saúde), Anderson Torres (Justiça) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura).

PUBLICIDADE

Veja mais: Doria contraria Bolsonaro e quer passaporte da vacina em SP

Na prática, as regras privilegiam o comprovante de vacinação como principal meio de entrada no país, embora o chamado “passaporte sanitário” tivesse sido alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro nos últimos dias. O presidente, que afirma não ter sido vacinado, acusou a Anvisa de querer “fechar o espaço aéreo”. Na verdade, a Anvisa defendia o comprovante de vacinação para entrada no país, não o “fechamento do espaço aéreo”.

A mudança nas regras ocorre dentro de um contexto de aumento da preocupação com a variante ômicron. O país já havia vetado voos de seis países do sul da África, entre eles a África do Sul, onde a variante foi identificada pela primeira vez.

PUBLICIDADE

Em nota nesta quinta (9), a Anvisa afirmou que a “adoção do comprovante de vacina como ferramenta para controle de entrada de viajantes no país é medida que alinha o Brasil a um movimento de alcance global e pavimenta caminho para uma política de fronteiras guiada pela segurança sanitária.”

Leia também:

Graciliano Rocha

Editor da Bloomberg Línea no Brasil. Jornalista formado pela UFMS. Foi correspondente internacional (2012-2015), cobriu Operação Lava Jato e foi um dos vencedores do Prêmio Petrobras de Jornalismo em 2018. É autor do livro "Irmã Dulce, a Santa dos Pobres" (Planeta), que figurou nas principais listas de best-sellers em 2019.