São Paulo — A ação do Nubank atingiu a máxima de US$ 12,24 em sua estreia na NYSE (Bolsa de Valores de Nova York). A cotação representa uma valorização de 36% em relação ao preço definido na oferta inicial (IPO), que foi de US$ 9. No encerramento dos negócios, o papel terminou negociado a US$ 10,33, com ganho de 14,8% em relação ao valor do IPO.
A cotação mínima de NU (ticker do papel) foi de US$ 10,15, alta de 12,7%. A abertura da ação foi de US$ 11,25, alta de 25%, segundo o site da NYSE.
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Amanhã (10), é a vez de o Nubank estrear no pregão da B3 por meio de BDR (Brazilian Depositary Receipt, recibos depositários de ações, na sigla em inglês). A partir das 11h30 de sexta-feira, os fundadores do Nubank, David Vélez e Cristina Junqueira, devem fazer um pronunciamento virtual à imprensa. “Aproximadamente 815 mil pessoas decidiram investir em BDRs do Nu, tornando este um dos maiores IPOs do mundo em número de investidores”, informou a instituição, nesta manhã, em seu blog.
Fundado em 2013 em São Paulo, o Nubank levantou US$ 2,6 bilhões nos EUA com sua oferta pública inicial por meio da Nu Holdings, que tem como patrocinadores a Berkshire Hathaway de Warren Buffett. A cofundadora do banco digital, Cristina Junqueira, disse, após participar da cerimônia do tradicional toque do sino, que a estreia em Wall Street representa o “início de uma nova fase” em sua história.
Grávida do terceiro filho, a executiva de 39 anos afirmou ainda, em transmissão da cerimônia na conta do Youtube do Nubank, que participou de mais de 10 reuniões com investidores nos últimos dias. “A gente começou, todo mundo falava que era impossível, que não dava. E eu adoro, me falou que é impossível aí que vou mostrar que é possível”, comentou Junqueira.
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O Nubank chegou a Wall Street valendo US$ 41,4 milhões (cerca de R$ 229,5 bilhões). Amanhã, com a estreia dos BDRs na B3, ficará abaixo apenas do valor de mercado da Petrobras (R$ 397 bilhões), Vale (R$ 392 bilhões) e Ambev (R$ 253 bilhões).
Segundo o blog da companhia, o Nubank tem 48 milhões de clientes e opera em outros três países (Colômbia, onde nasceu David Vélez, Argentina e México). Com a abertura de capital, a instituição financeira espera aplicar os recursos captados em sua expansão. O diretor-gerente da gigante japonesa Softbank, Paulo Passoni, estima que, em um cenário positivo, o banco pode ter mais de 100 milhões de clientes e valer US$ 200 milhões em cinco anos. A estimativa foi feita, ontem, durante um evento da Eurasia e da B3 sobre as perspectivas para o banco digital, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.
(atualizado às 18h30 com dados do fechamento)
