Bloomberg — Pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caíram na semana passada para o nível mais baixo desde 1969, ilustrando as dificuldades de ajustar os dados brutos para efeitos sazonais.
Os pedidos iniciais de seguro-desemprego totalizaram 184 mil na semana que se encerrou em 4 de dezembro, uma queda de 43 mil em relação ao período anterior, segundo dados do Departamento do Trabalho, divulgados nesta quinta-feira (9). A estimativa média em uma pesquisa da Bloomberg com economistas previa 220 mil.
A queda empurra o nível de pedidos ainda mais para baixo em relação ao número de duas semanas antes, o que muitos economistas atribuíram às dificuldades de ajuste para oscilações sazonais por conta do período de festas de fim de ano. Em uma base não ajustada, os pedidos iniciais subiram para cerca de 64.000.
Os pedidos de auxílio-desemprego diminuíram desde o início do ano, à medida que os americanos voltam ao trabalho e os empregadores se concentram em reter pessoal para atender à demanda mais robusta.
Ainda assim, as contratações continuam moderadas, já que os preços em alta e o coronavírus complicam o ritmo da atividade empresarial e das contratações. O aumento do emprego no mês passado registrou seu menor ganho este ano, com a persistência da escassez generalizada de mão de obra.
A média móvel de quatro semanas dos pedidos iniciais, que suaviza grandes oscilações nos dados, caiu para 218.750. É a menor desde março do ano passado.
Os pedidos contínuos de benefícios dos estados aumentaram, chegando a 1,99 milhão na semana encerrada em 27 de novembro - uma alta de 38 mil em comparação ao período anterior
A maioria dos estados relatou aumentos nos pedidos não ajustados na semana passada, liderados pela Califórnia, Texas e Nova York.
-- Com a colaboração de Kristy Scheuble.
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