Criptomoedas têm maior chance de queda em 2022, diz pesquisa

Quase três quartos das instituições entrevistadas não acham que são investimento adequado para a maioria dos investidores de varejo

Bitcoin avança na cidade de Miami, após mudanças da prefeitura para implementar a moeda no dia a dia da economia
Por Vildana Hajric
08 de Dezembro, 2021 | 01:34 PM

Bloomberg — 2021 foi o ano em que as criptomoedas finalmente foram aceitas pelas instituições financeiras. Agora, as mesmas gestoras de recursos afirmam que essa classe de ativos deve sofrer uma grande desvalorização no ano que vem.

A classe de ativos digitais é a “principal candidata” a sofrer uma “correção importante” em 2022 e quase três quartos das instituições entrevistadas não acham que são investimento adequado para a maioria dos investidores de varejo, segundo levantamento encomendado pela Natixis Investment Managers.

PUBLICIDADE

Atualmente, 28% das instituições participantes investem em criptomoedas e destas, quase um terço planeja aumentar essa alocação no próximo ano.

Entre todos os investidores institucionais ouvidos (ou seja, tanto os que investem como os que não investem em ativos digitais no momento), 8% pretendem ampliar essa alocação em 2022.

A soma dos ativos sob gestão das instituições participantes da pesquisa chega a US$ 12,3 trilhões.

PUBLICIDADE

Este ano foi marcado pela entrada de grandes gestoras de recursos e fundos de pensão no mercado de criptomoedas. Vários investidores famosos também se envolveram. Para muitos deles, ativos digitais como Bitcoin podem fornecer boa proteção contra inflação em um ambiente de pesados estímulos governamentais.

Apesar da volatilidade, esses tokens também entregam ganhos enormes. Um índice que inclui as maiores criptomoedas, o Bloomberg Galaxy Crypto Index, avançou cerca de 200% desde o início de 2021.

Na pesquisa da Natixis, aproximadamente 40% dos participantes reconheceram as criptomoedas como opção de investimento legítima, mas que em algum momento precisarão ser regulamentadas pelos bancos centrais.

PUBLICIDADE

Desde sua estreia há pouco mais de uma década, a primeira e maior criptomoeda é alvo de previsões trágicas que não se concretizaram. O Bitcoin passou a ser assunto das pessoas comuns e se valorizou mais de 5.000% nos últimos cinco anos.

A pesquisa encomendada pela Natixis foi realizada pela CoreData Research, em outubro e novembro, em vários países, junto a 500 investidores institucionais, incluindo quatro bancos centrais, mais de 20 fundos soberanos e mais de 150 planos de previdência privada.

Veja mais em bloomberg.com

Leia também