Pfizer apresenta proteção parcial contra ômicron, diz estudo inicial

Dose de reforço da vacina pode ajudar a interromper a nova cepa, conforme experimento

Resultados ajudarão a determinar se as vacinas da Covid existentes precisam ser alteradas para proteção contra a ômicron
Por Antony Sguazzin e Jason Gale
07 de Dezembro, 2021 | 07:13 PM

Bloomberg — A ômicron foge da imunidade induzida pela vacina da Pfizer melhor do que outras variantes da Covid-19, de acordo com experimentos de laboratório que indicam que uma dose de reforço pode ajudar a interromper a cepa altamente mutada.

Nos primeiros experimentos relatados para avaliar a eficácia da vacina Pfizer/BioNTech, pesquisadores do Instituto Africano de Pesquisa de Saúde concluíram que a perda de proteção imunológica é “robusta, mas não completa”, conforme Alex Sigal, chefe de pesquisa do laboratório baseado em Durban, em uma apresentação online nesta terça-feira (7).

Veja mais: Mutações da ômicron podem fornecer pistas sobre sua origem

Desde que a África do Sul anunciou a descoberta da ômicron em 25 de novembro, cerca de 450 pesquisadores em todo o mundo têm trabalhado para isolar a variante altamente mutada de espécimes de pacientes, cultivá-la em laboratório, verificar sua sequência genômica e estabelecer métodos para testá-la em amostras de plasma sanguíneo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

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A rápida disseminação da ômicron na África do Sul aumentou a preocupação de que a proteção imunológica gerada pela vacinação ou um ataque anterior de Covid-19 pode ser insuficiente para impedir reinfecções ou conter uma nova onda de casos e hospitalizações. A OMS alertou que a variante pode alimentar surtos com “consequências graves” em meio a sinais de que torna o coronavírus mais transmissível.

O trabalho no laboratório de Sigal envolveu o teste de plasma sanguíneo de pessoas que foram vacinadas contra a Covid-19 com a injeção Pfizer-BioNTech para avaliar a concentração de anticorpos necessária para neutralizar ou bloquear o vírus. Os resultados, juntamente com os de outros laboratórios em andamento, ajudarão a determinar se as vacinas da Covid existentes precisam ser alteradas para proteção contra a ômicron.

O laboratório de Sigal foi o primeiro a isolar a variante beta, uma cepa do coronavírus identificada na África do Sul no final de 2020.

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