Governo Biden vai boicotar Olimpíadas de Inverno de Pequim

Autoridades americanas não irão comparecer aos jogos; atletas estarão livres para ir

Beijing 2022
Por Josh Wingrove - Jennifer Epstein
06 de Dezembro, 2021 | 04:18 PM

Bloomberg — Autoridades do governo dos Estados Unidos irão boicotar as Olimpíadas de Inverno de Pequim em fevereiro, marcando uma nova disputa entre as duas maiores economias do mundo.

O chamado boicote diplomático significa que as autoridades não comparecerão, mas os atletas estão livres para ir. Ele fica aquém das medidas em grande escala vistas durante a Guerra Fria e em outros pontos da história olímpica.

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“O governo Biden não enviará nenhuma representação diplomática ou oficial aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Pequim 2022, devido ao genocídio e crimes contra a humanidade em Xinjiang e outros abusos dos direitos humanos”, disse o secretário de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, a repórteres nesta segunda-feira (6).

O anúncio foi feito algumas semanas depois que o presidente Joe Biden e o presidente Xi Jinping realizaram uma reunião virtual, a primeira desde que Biden se tornou presidente. Nesse telefonema, Biden levantou alegações dos EUA de graves abusos dos direitos humanos na província de Xinjiang, lar de uma grande população muçulmana uigur.

O Global Times informou na semana passada que Pequim não tinha planos de convidar nenhum político americano para os jogos, programados para começar em 4 de fevereiro.

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O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse em coletiva de imprensa nesta segunda que os políticos americanos estavam exagerando na possibilidade de um boicote antes mesmo de receberem um convite para comparecer e ofender o povo chinês.

“Se os EUA insistirem em seguir o caminho errado, a China tomará as contra-medidas necessárias e resolutas”, disse ele, sem dar mais detalhes.

Biden também sediará uma cúpula virtual sobre a democracia na quinta e na sexta-feira, com Taiwan entre os mais de 100 convidados que incluem o Reino Unido e o Japão. O evento tem como objetivo reunir governos democráticos para discutir seus esforços para combater a corrupção e o autoritarismo e promover os direitos humanos.

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- Com a ajuda de Philip Glamann.

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