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Comer pode ficar ainda mais caro em 2022

Também no Breakfast: futuros de índices operam voláteis em NY em dia de dados sobre empregos nos EUA; Recessão abre espaço para BC desacelerar ritmo em 2022 e Senado aprova a PEC dos Precatórios em votação folgada

03 de Dezembro, 2021 | 07:05 AM
Tempo de leitura: 3 minutos

Bom dia! Hoje é 3 de dezembro de 2021 e este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias do dia

Preços dos alimentos não sinalizam queda para 2022

Quem não dispensa um cafezinho sentiu que neste ano ficou mais caro apreciar a bebida. Tem gente dizendo que comer carne bovina vai se tornar um luxo dado o patamar que o produto alcançou. Em 2021, a carne de frango e suína já não foram mais aquela alternativa mais barata para substituir a carne bovina. Até o ovo, quase nunca lembrado, viu seu consumo crescer neste ano e, consequentemente, os preços subirem. Em suma, comer ficou mais caro e os alimentos pesaram na inflação.

  • Engana-se quem acha que a situação não poderia ficar pior. Para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério da Economia, o cenário mais otimista para 2022 é de estabilização dos preços dos alimentos. Em muitos casos, a trajetória de alta se manterá no ano que vem. E uma coisa é certa, não haverá queda.
  • O que esperar para os preços dos principais produtos agropecuários em 2022? Estes são os motivos que os manterão nos elevados patamares - e muitos continuarão ficando mais e mais caros.

Na trilha dos Mercados

O mercado encerra uma semana “selvagem”, de muito sobe e desce, de olho nos dados sobre o emprego nos Estados Unidos que saem hoje. O informe se publica a menos de duas semanas da reunião do Federal Reserve (Fed), que provocou alvoroço no mundo financeiro com a mudança de tom no discurso de seu presidente Jerome Powell.

Nos primeiros negócios da manhã, as bolsas europeias subiam ligeiramente, enquanto os futuros de índices em Wall Street oscilavam entre o positivo e o negativo.

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Os dados sobre o emprego nos EUA são vitais para a tomada de decisões porque indicarão ao Fed que rumo seguir: por um caminho onde o controle da inflação se dará com um aperto monetário ou por uma senda mais branda, como já vinha sendo sinalizada pelo banco central, sobretudo agora que a variante ômicron turva o cenário.

Não é por acaso que o mercado está tão volátil: muita coisa mudou – e repentinamente – na conjuntura mundial. Há muita incerteza sobre como o surto de ômicron afetará a reabertura econômica global e pouco se sabe sobre a eficácia das atuais vacinas contra a nova variante ômicron.

Além disso, Powell, que vinha tratando a escalada dos preços como algo “transitório”, riscou esta palavra de seu vocabulário e agora parece colocar a inflação no centro das prioridades do Fed. Embora ainda não se saiba o quão radical seria o giro da política monetária, a mudança de tom difere do que vinha sendo transmitido nos últimos anos. Investidores agora se encontram à mercê de relatórios econômicos e de indicações de como a economia reagirá ao quadro de inflação crescente e restrições impostas pela última variante do coronavírus.

Uma instantânea dos mercados esta manhã

Emprego nos EUA x “tapering”

A expectativa geral é de um crescimento consistente na oferta de vagas nos EUA, de 550.000 nas folhas de pagamento não agrícolas, segundo levantamento da Bloomberg. Alguns analistas preveem que a taxa de desemprego poderia cair a mínimos pós-pandêmicos, de aproximadamente 4,4%.

Confirmadas as expectativas de um mercado de trabalho forte, o Fed pode estar mais à vontade para acelerar o fim do programa de compra de ativos criado para estimular a economia. Um “tapering” mais rápido abre a porta para uma antecipação de uma alta dos juros, avaliam os operadores, que estavam quase desistindo das apostas de aperto monetário com o surgimento da variante ômicron.

Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados

No radar

No Brasil:

  • Dados da produção industrial

No exterior:

  • Relatório de empregos nos EUA, pedidos de fábricas, bens duráveis
  • Vendas no varejo da zona do euro

Destaques da Bloomberg Línea

Também é importante

Opinião Bloomberg

Hedge Funds deveriam estar desfrutando melhor dos mundos

O contrato implícito que os hedge funds oferecem a seus investidores pode ser resumido da seguinte forma: nós cobraremos mais do que deveríamos para administrar seu dinheiro, mas quanto mais voláteis estão os mercados, maiores serão os retornos que geraremos para você. Se isso ainda for verdade - e os últimos anos dificultaram as promessas de geração de alfa positivo da extremidade mais cara do espectro de gestão de fundos - os hedge funds devem ser capazes de fechar o ano com ganhos espetaculares.

Pra não ficar de fora

A Hybe registrou um lucro recorde no terceiro trimestre, com as vendas de álbuns subindo de 900 mil para 4,85 milhões de unidades

Três dos sete membros do grupo de K-pop BTS venderam ações da gravadora Hybe para embolsar US$ 8,4 milhões antes dos shows esgotados em Los Angeles e da vitória como artistas do ano no American Music Awards.

Jin, J-Hope e RM venderam um total de 31.986 ações da Hybe, anteriormente conhecida como Big Hit, entre 13 de outubro e 9 de novembro, de acordo com documentos regulatórios. As ações da empresa sediada em Seul atingiram um recorde em 16 de novembro, mais do que o dobro da oferta pública inicial em outubro de 2020.

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