Tribunal de Justiça acata pedido de Meghan Markle sobre privacidade

Duquesa de Sussex acusou tabloide Mail on Sunday de quebrar sigilo de carta enviada ao pai após o casamento com o príncipe Harry

Juízes de Londres rejeitaram o apelo da editora Associated Newspapers, dona do Mail on Sunday
Por Ellen Milligan
02 de Dezembro, 2021 | 09:46 AM

Bloomberg — Meghan Markle venceu uma apelação que acusava um tabloide britânico de violar sua privacidade ao publicar partes de uma carta que ela escreveu para o pai após seu casamento com o príncipe Harry.

Os juízes de Londres rejeitaram o apelo da editora Associated Newspapers, dona do Mail on Sunday, evitando que o caso fosse a julgamento. No início deste ano, um juiz decidiu a favor da Duquesa de Sussex, encerrando parte do caso que teria levado ela, o pai e ex-assessores do palácio de Buckingham a prestarem depoimento.

O Tribunal de Apelações de Londres “manteve a decisão do juiz de que a Duquesa tinha uma expectativa razoável de privacidade em relação ao conteúdo da carta”, disse o juiz nesta quinta-feira (2). “Esses conteúdos eram pessoais, privados e não questões de legítimo interesse público.”

A decisão estabelece um precedente legal sobre os direitos de privacidade dos indivíduos, mesmo quando estão sob os olhos do público, e restringe a liberdade de imprensa de publicar correspondência privada.

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“Embora essa vitória seja um precedente, o que mais importa é que agora somos coletivamente corajosos o suficiente para remodelar uma indústria de tabloides que condiciona as pessoas a serem cruéis e lucra com as mentiras e a dor que elas criam”, disse Markle em um comunicado.

Um porta-voz do Mail on Sunday não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A Associated Newspapers argumentou que Markle teria pensado que a carta provavelmente chegaria ao domínio público e disse que as evidências deveriam ser devidamente analisadas no julgamento.

Os advogados de Markle disseram durante o recurso que este era “um caso muito direto de disseminação pela mídia de massa, para ganho comercial, de uma carta privada e profundamente pessoal de uma filha para seu pai distante - uma carta que evidentemente deveria ser mantida privada.”

--Com a colaboração de Katharine Gemmell

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