OPEP+ vai seguir com aumento da produção de petróleo em janeiro

Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados concordaram em aumentar produção em 400 mil barris

Perto das 11h20, os preços do petróleo WTI caíam 2,5%, a US$ 63,96
Por Salma El Wardany, Grant Smith, Dina Khrennikova e Javier Blas
02 de Dezembro, 2021 | 11:54 AM

Bloomberg — A Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados concordaram em prosseguir com o aumento programado para a produção em janeiro, também sinalizando que podem rever a decisão a qualquer momento caso o risco da demanda com a variante ômicron fique mais claro.

O grupo concordou nesta quinta-feira (2) em adicionar 400 mil barris por dia de petróleo aos mercados globais no mês que vem, disseram os delegados à Bloomberg News. No entanto, também deixaram a porta aberta para ajustar este plano no curto prazo se o mercado mudar. Os delegados que falaram com a reportagem pediram para não serem identificados porque a informação era privada.

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“A grupo continuará monitorando o mercado de perto e fazendo ajustes imediatos, se necessário”, de acordo com um comunicado ainda não divulgado.

Perto das 11h20, os preços do petróleo WTI caíam 2,5%, a US$ 63,96

Com o petróleo já em baixa devido em grande parte ao surgimento da nova cepa do coronavírus, os traders esperavam amplamente que a OPEP+ adiassem o aumento da oferta. No entanto, tal movimento teria acarretado algum risco político.

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Apesar da recente liquidação, a Arábia Saudita enfrenta pressão dos EUA e de outros consumidores importantes para garantir que os suprimentos continuem abundantes o suficiente para evitar um aumento inflacionário dos preços. Ignorar tais considerações pode prejudicar as relações já tensas do reino com Washington.

Antes da reunião de quinta-feira, os ministros deixaram claro que estavam preocupados com o impacto da ômicron na demanda de petróleo, mas estavam lutando para descobrir exatamente o quão sério a nova cepa se tornaria.

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“O súbito aparecimento de uma nova variante potencialmente mais perigosa surge como risco de novos lockdowns”, afirmou o ministro angolano dos Recursos Minerais e do Petróleo, Diamantino Azevedo, na sessão de abertura do encontro de quarta-feira. “Nestes tempos de incerteza, é imperativo que a OPEP+ permaneça prudente na abordagem e se prepare para ser pró-ativa conforme as condições do mercado o justifiquem.”

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