Bloomberg — A Avianca, uma das maiores companhias aéreas da América Latina, está saindo da regra americana de proteção contra falência depois de obter a aprovação do tribunal para seu plano de saneamento um ano e meio após a pandemia de Covid-19 dizimar as aéreas da região.
A Avianca, que tem sede em Bogotá, informou que está concluindo o processo de reestruturação financeira depois de levantar novos investimentos de US$ 1,7 bilhão. Ela também saiu do “Capítulo 11″ com uma redução “significativa” da dívida e mais de US$ 1 bilhão de liquidez, disse a empresa em um comunicado regulatório.
Nos próximos três anos, a empresa de 102 anos espera expandir sua operação para quase 200 rotas na América Latina e no mundo. Até 2025, ela planeja ter uma frota de mais de 130 aeronaves “com assentos reconfigurados e mais leves de nova geração, o que permitirá à Avianca reduzir a pegada de carbono de suas operações”, segundo o comunicado.
A Avianca entrou com um pedido de proteção do Capítulo 11 em maio de 2020, depois que a Colômbia e outros governos latino-americanos fecharam fronteiras e restringiram voos na tentativa de controlar a disseminação do coronavírus. Dentro de semanas, duas outras grandes companhias aéreas da região, Latam Airlines e Grupo Aeromexico, também entraram com pedido de proteção judicial.
As empresas estão começando a emergir de dificuldades financeiras em um setor que foi afetado pela pandemia. O tráfego se recuperou lentamente, mas permanece abaixo dos níveis pré-pandêmicos, forçando as companhias aéreas a reduzir as frotas, demitir funcionários e cortar custos. Alguns governos adicionaram novas restrições a viagens para conter a propagação da variante omicron, cujos primeiros casos foram detectados na América Latina esta semana.
Renovação de assentos
A Avianca informou que seu novo modelo de negócios “inclui os melhores atributos das companhias aéreas de baixo custo”, incluindo uma variedade de tarifas. Vai gastar cerca de US$ 200 milhões no próximo ano renovando assentos em sua frota de aeronaves A320. Ela planeja continuar voando com Boeing 787 Dreamliners em voos de longo curso.
Uma nova holding, Avianca Group International Ltd., será domiciliada no Reino Unido e consolidará os investimentos do grupo em todas as suas subsidiárias, incluindo Aerovias del Continente Americano, sua subsidiária colombiana, e TACA International, sua operação na América Central, informou.
As empresas costumam ter uma sede corporativa separada de onde suas operações principais acontecem. Antes da crise financeira, a Avianca foi constituída no Panamá e operava na Colômbia. Os atuais centros de operações da companhia aérea permanecerão nos mesmos locais, informou a empresa.
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