Bloomberg — Os preços do petróleo subiam antes do segundo dia de reuniões da Organização de Países Exportadores de Petróleo, no qual a aliança deve decidir sobre os planos de produção para janeiro.
O grupo se reúne em um dos períodos de negociação mais voláteis de todos os tempos. Com os preços do petróleo já em baixa e com a variante ômicron colocando as perspectivas de demanda em risco, os investidores esperam que a Opep+ adie um aumento na produção. Os futuros do West Texas Intermediate subiam até 2,7% nesta quinta (2).
A recente onda de vendas se estendeu ao longo da curva de futuros. O spread entre os contratos de novembro e dezembro, um indicador usado por traders para verificar na saúde do mercado, está no nível mais fraco desde fevereiro. Os mercados de opções também estão turbulentos, com a volatilidade atingindo o nível mais alto desde maio do ano passado.
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O petróleo caiu mais de 20% desde o final de outubro com o lançamento de reservas coordenadas liderado pela Casa Branca e, mais recentemente, a nova variante do vírus. Um tom cada vez mais hawkish do Federal Reserve também está pesando sobre as perspectivas de crescimento para a economia dos EUA. Uma grande questão, ainda sem resposta, é se as vacinas antivírus existentes funcionarão contra a ômicron.
A primeira infecção da nova cepa foi detectada nos EUA, enquanto os casos na África do Sul dobraram desde terça-feira. Ainda assim, há quem pense que a queda do petróleo foi exagerada. O Goldman Sachs disse que os preços “superaram em muito” o impacto da ômicron. O Bank of America disse que está cumprindo a previsão de US$ 85 o barril em 2022, com possíveis picos de mais de US$ 100 caso as viagens aéreas se recuperem.
Preços do petróleo
- WTI para entrega em janeiro subia 2,1% para US$ 66,97 o barril
- Brent para liquidação de fevereiro avançava 2,2% para US$ 70,35
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