Bloomberg — O minério de ferro começa dezembro em alta na esteira de um período recorde de perdas mensais, com investidores focados nas perspectivas para a demanda por aço da China e preparados para a volatilidade até o fim do ano.
As negociações com a matéria-prima foram marcadas por fortes oscilações este ano. Os preços caíram em mais da metade desde a máxima em maio em reação aos maiores cortes da produção de aço na China no segundo semestre e restrições ao setor imobiliário do país, que causaram turbulência nos mercados de metais. Autoridades prometeram repetidamente diminuir a produção anual de aço este ano, e as usinas estão a caminho de cumprir a meta depois que o volume produzido em outubro atingiu o nível mais baixo em quase quatro anos.
A produção diária de aço bruto da China deve cair no comparativo mensal em novembro, já que algumas siderúrgicas registraram perdas devido à queda dos preços do produto, de acordo com nota da consultoria Mysteel. No entanto, a produção pode aumentar um pouco em dezembro com a retomada da produção das usinas devido aos menores custos dos combustíveis, segundo o relatório.
“O mercado de aço pode ver a rivalidade mais intensa em dezembro” entre fatores conflitantes, como políticas para o setor imobiliário, a missão de reduzir a produção de aço e a demanda sazonal para construção e entrega à vista, escreveu Wang Jianhua, analista-chefe de aço da Mysteel. em outro relatório.
Na frente macro, o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, disse que o crescimento econômico deve ultrapassar a meta anterior, fixada acima de 6%. O comentário segue a melhora da atividade fabril em novembro, quando um indicador da construção atingiu o nível mais alto em três meses.
Os contratos futuros do minério de ferro subiam 1,8%, para US$ 103,90 a tonelada, às 15h05 de Singapura. A commodity fechou novembro com queda de 3,9%, a quinta baixa mensal consecutiva. Os preços em Dalian terminaram com alta de 2,4%, enquanto os futuros do vergalhão de aço e bobina a quente avançaram em Xangai.
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