Reino Unido acelera campanha de reforço da Covid para combater ômicron

Expansão da campanha vem junto a regras mais rígidas para a pandemia definidas para entrarem em vigor esta semana no país

País está usando em grande parte a vacina da Pfizer e da BioNTech, bem como injeções da Moderna para a campanha de reforço para adultos e adolescentes
Por James Paton
29 de Novembro, 2021 | 02:56 PM

Bloomberg — O Reino Unido oferecerá vacinas de reforço da Covid1-9 para todos os adultos e segundas doses para mais crianças, em meio a temores de que a nova variante ômicron possa alimentar outro surto de casos e afetar a eficácia das vacinas.

O país vai ampliar o programa para pessoas com menos de 40 anos por recomendação de um grupo que assessora o governo. Doses de reforço devem ser administradas três meses após a inicial, reduzindo o tempo de espera pela metade, disse o comitê.

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Uma expansão da campanha vem junto a regras mais rígidas para a pandemia definidas para entrarem em vigor esta semana no Reino Unido e segue um aviso da Organização Mundial de Saúde de que a variante pode levar a “consequências graves”. Uma questão chave é a eficácia com que as vacinas atuais trarão proteção contra o ômicron.

“Não quero que as pessoas entrem em pânico nesta fase”, disse Jonathan Van-Tam, vice-diretor médico da Inglaterra, em uma entrevista coletiva transmitida pela televisão. “Se a eficácia da vacina for reduzida, como parece bastante provável até certo ponto, os maiores efeitos provavelmente serão na prevenção de infecções e, com sorte, haverá efeitos menores na prevenção de doenças graves.”

Pfizer e Moderna

O Reino Unido já havia disponibilizado reforços para maiores de 40 anos. O país está usando em grande parte a vacina da Pfizer e da BioNTech, bem como injeções da Moderna para a campanha de reforço para adultos e adolescentes.

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Veja mais: BioNTech, Moderna e J&J trabalham em vacina contra nova variante

As novas etapas quase dobrarão o número de pessoas no Reino Unido que podem receber uma dose de reforço, de acordo com o secretário de Saúde, Sajid Javid.

“Com a nova variante, essas medidas protegerão mais pessoas mais rapidamente e nos tornarão mais protegidos como nação”, disse ele.

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Cientistas da África do Sul, onde o omicron foi detectado pela primeira vez, disseram que ele parece ser mais transmissível, mas que as vacinas existentes provavelmente protegerão contra doenças graves. A OMS avaliou o risco da variante como “extremamente alto” e convocou os Estados-Membros a fazerem testes extensivos. Entender a nova cepa levará vários dias ou semanas, disse a agência.

Os governos estão proibindo viajantes da África do Sul e países vizinhos em meio a temores que o omicron possa escapar das vacinas e atrapalhar os esforços para reabrir as economias. Os defensores da saúde têm pressionado os países ricos a se concentrarem em aumentar o acesso às vacinas em regiões como a África, que ficaram para trás.

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