Médica diz que sintomas da ômicron são diferentes da cepa delta

Especialista de Pretória não descarta que a variante causará certo impacto, “mas acredito que será uma doença leve, espero”

Cientistas que assessoraram o governo da África do Sul disseram em coletiva de imprensa hoje (29) que, embora a ômicron pareça ser mais transmissível, os casos parecem muito leves
Por Antony Sguazzin
29 de Novembro, 2021 | 10:23 AM

Bloomberg — Pessoas infectadas pela ômicron na África do Sul apresentam sintomas muito diferentes das que são contagiadas com a cepa delta, disse a médica que alertou cientistas do governo para a possibilidade de uma nova variante.

Pacientes que contraíram a cepa ômicron se queixam de fadiga, dores de cabeça e no corpo e ocasionais dores de garganta e tosse, disse Angelique Coetzee, que também é presidente da Associação Médica Sul-Africana. As infecções causadas pela delta, em comparação, causaram pulsações elevadas, baixos níveis de oxigênio e perda de olfato e paladar, afirmou.

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Depois de semanas sem quase nenhum paciente de Covid em seu consultório em Pretória, a capital e epicentro do atual surto na África do Sul, Coetzee disse que, de repente, começou a ver pacientes reclamando desses sintomas em 18 de novembro. Ela imediatamente informou o Conselho Consultivo Ministerial do governo para a Covid- 19 e, na semana seguinte, os laboratórios identificaram uma nova variante, explicou.

“Eu disse que esses sintomas diferentes não poderiam ser da delta, eram muito semelhantes à beta, ou deveriam ser uma nova cepa”, disse em entrevista nesta segunda-feira (29). A médica não descarta que a variante causará certo impacto, “mas acredito que será uma doença leve, espero. Por enquanto, estamos confiantes de que podemos lidar com isso”.

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A África do Sul anunciou a identificação de uma nova variante em 25 de novembro e disse que alguns casos foram identificados antes no Botswana e depois em Tshwane, a área municipal em que Pretória está localizada. O anúncio causou pânico global, abalou os mercados e resultou na proibição de viagens com origem em países do sul da África.

Cientistas que assessoraram o governo da África do Sul disseram em coletiva de imprensa hoje (29) que, embora a ômicron pareça ser mais transmissível, os casos parecem muito leves.

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Os pacientes de Coetzee são relativamente jovens. Um paciente vacinado, de 66 anos, testou positivo na segunda-feira, mas apresentava sintomas leves, disse.

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