Howard Marks: mais do que em projeções macro, foque na consistência do longo prazo

Um dos maiores investidores de crédito no mundo reforçou sua filosofia de investimentos em live promovida pelo Itaú

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Com a aproximação do fim do ano, há uma proliferação de projeções macroeconômicas. Analistas e instituições ajustam suas expectativas sobre indicadores para cima ou para baixo, o que, naturalmente, movimenta o mercado financeiro no Brasil e mundo afora. Para Howard Marks, porém, não são nessas projeções que as pessoas que querem investir melhor devem focar para construir um portfólio.

“As projeções macroeconômicas que potencialmente podem trazer lucros para os investidores são aquelas que divergem do consenso, mas é muito difícil de acertar. Nós (na Oaktree Capital) focamos em fundamentos”, pontuou o megainvestidor na live promovida pelo Itaú em novembro passado.

No ponto alto da conversa com o superintendente de Portfolio e Recomendação do banco, Victor Vietti, Howard Marks foi firme no seu conselho para investidores: “O mais importante para a maioria das pessoas é investir com cuidado em um portfólio que você possa manter no longo prazo. Não correr risco demais, não colocar dinheiro que você possa precisar por algum motivo. Invista o dinheiro que possa ser ‘deixado de lado’ nesse longo prazo e não estrague tudo no meio do caminho. Historicamente, ao longo do tempo, as economias crescem, as empresas progridem... Então é importante estar no mercado de forma estável, não ficar entrando e saindo o tempo todo”, afirmou.

O que Howard fala muita gente para para ouvir. Isso porque ele trabalha há mais de 50 anos no mercado financeiro, está entre as pessoas mais ricas dos Estados Unidos segundo a Forbes (U$2,1 bilhões), e publicou alguns best sellers como “O mais importante para o investidor” e “Dominando o Ciclo do Mercado”. Seus relatórios de análise (memos) são publicados desde 1990 e acompanhados de perto por outros gigantes do mercado financeiro como Warren Buffet.

Novo fundo de investimento

A live foi ao ar na esteira do lançamento do fundo Oaktree Global Credit na prateleira do Itaú. Segundo Pedro Barbosa, Diretor da área de Fund of Funds (Fof) do banco, o lançamento desse fundo é parte da estratégia da ampliação da oferta de fundos internacionais. “Estratégias internacionais melhoram a qualidade das carteiras de investimento dos clientes no Brasil”, resume o diretor.

Hoje mais de 20% do patrimônio sob gestão do Fund of Funds do Itaú está em fundos internacionais, algo em torno dos U$ 11 bi. Em 2021, foram lançados 13 novos fundos internacionais e ainda há expectativa de novos lançamentos até a virada do ano.

“A Oaktree é uma gestora internacionalmente reconhecida pelo foco em valor, com mais de US$ 150 bilhões sob gestão. O time robusto, a ampla capacidade de análise e a experiência de mais de 30 anos com estratégias de crédito foram importantes na nossa seleção da gestora”, explica Barbosa.

O produto Oaktree Global Credit BRL Seleção está disponível para investidores qualificados de todos os segmentos do banco e pode ser contratado por aqueles que tiverem o perfil de investidor válido e compatível com o risco do produto. Com aplicação mínima de R$500, o fundo investe em diversas estratégias globais de crédito - alocações majoritárias em ativos dos Estados Unidos e da Europa, com hedge cambial. A abordagem da gestão, como explicado pelo próprio Howard Marks na live, é fundamentalista (bottom-up):

“Nós, na Oaktree, não apostamos em projeções certeiras sobre a direção do mercado, nós focamos em fundamentos: empresas, economias, ativos individuais. Se alguém consegue fazer uma projeção sobre os ganhos de uma empresa no próximo ano e eu concluir que: se eu comprar a dívida dessa empresa eles vão me pagar os juros, me pagarão a dívida quando ela vencer e que vale o crédito, eu compro. Baseado em fundamentos”, exemplificou o megainvestidor.

Você pode conferir a Live completa neste link: https://youtu.be/PO7h0RwlqrI