Em sessão atípica por feriado nos EUA, mercados operam em alta

Avanço da economia norte-americana e mensagem do Fed dão fôlego aos negócios com futuros de índices do país e às bolsas europeias; mercados spot dos EUA permanecem fechados e amanhã terão jornada mais curta

As variáveis que orientarão os mercados internacionais
25 de Novembro, 2021 | 08:53 AM

Barcelona, Espanha — Sem as bolsas norte-americanas e os negócios de renda fixa como referência, que hoje fecham pelo feriado de Ação de Graças, a jornada tem tudo para ser tranquila nos mercados internacionais, que encadeiam altas nos negócios com renda variável.

O mercado financeiro à vista nos Estados Unidos não funciona hoje e amanhã opera em meia sessão pelo Black Friday. Mas há negócios no mercado futuro de índices, cujos contratos sobem. Na Europa, as bolsas também trabalham com ganhos. Os sinais de que a maior economia do mundo se recupera de maneira sólida empurram as negociações. Também ecoa no mercado a mensagem de que o Federal Reserve (Fed) está pronto para reduzir seu programa de recompra de títulos e que está dando as cartas para combater a inflação galopante.

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O petróleo bruto cede após a OPEP dizer que uma liberação coordenada de reservas pelas principais nações consumidoras pode elevar o excedente bruto esperado para o início do próximo ano.

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Um panorama das negociações em dia de feriado nos EUA

Política monetária em foco

As investidas de política monetária recuperam protagonismo. Depois dos Estados Unidos, hoje é a vez de o Banco Central Europeu (BCE) apresentar a ata de sua última reunião. 🆙 Além disso, a Coreia do Sul seguiu os passos da Nova Zelândia no aumento dos juros para conter a inflação. A autoridade monetária asiática elevou os juros em 25 pontos base, para 1%. As perspectivas para a inflação do país foram revisadas de 2% para 2,3% em 2022.

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🏦 E já que o tema são bancos centrais, ontem, além de uma bateria de importantes dados macroeconômicos nos EUA, o mercado conheceu a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), que indicou estar pronto para reduzir antes do previsto o seu programa de compra de títulos.

- Em sua ata, referente à reunião no começo de novembro, o Fed relata que “vários participantes observaram que o Comitê deve estar preparado para ajustar o ritmo de compras de ativos e elevar a meta para a taxa dos Fed funds mais cedo do que os participantes atualmente antecipam se a inflação continuar subindo”. - Desde a reunião, os dados de inflação pioraram, enquanto a economia deu mostras de que segue firme no caminho da recuperação. Dados do Departamento de Comércio de outubro publicados ontem mostraram que os preços subiram 5% em relação ao ano passado, marcando a maior taxa de inflação desde 1990.

Ontem, depois de operarem a maior parte do dia no negativo, vigilantes à escalada da inflação e dos surtos de Covid-19 na Europa, a maioria bolsas mundiais conseguiu fechar em alta. No fechamento, o norte-americano S&P 500 terminou com ganho de 0,23% e o europeu STOXX 600 subiu 0,09%.

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No radar

No Brasil:

  • Transações Correntes (USD) e Investimento Estrangeiro Direto (7h00)
  • Reunião do CMN (9h00)
  • IPCA-15 (10h00)

No exterior:

  • Ata da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) em outubro
  • Pronunciamento da presidente do BCE, Christine Lagarde
  • Índice GfK de confiança do consumidor alemão (dezembro)
  • Decisão de política monetária do Banco da Coreia, hoje (25)
  • Dia de Ação de Graças nos EUA: hoje os mercados à vista de renda variável e de renda fixa no país estarão fechados

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-- Com informações de Bloomberg News

Michelly Teixeira

Jornalista com mais de 20 anos como editora e repórter. Em seus 13 anos de Espanha, trabalhou na Radio Nacional de España/RNE e colaborou com a agência REDD Intelligence. No Brasil, passou pelas redações do Valor, Agência Estado e Gazeta Mercantil. Tem um MBA em Finanças, é pós-graduada em Marketing e fez um mestrado em Digital Business na ESADE.