Bloomberg — A União Europeia adiou o anúncio de uma proposta para atualizar as diretrizes de viagens da Covid-19, enquanto aguarda orientação da agência de saúde pública do bloco sobre a eficácia de diferentes vacinas.
A Comissão Europeia, braço executivo da UE, pode apresentar a proposta no fim desta semana ou no início da semana que vem, dependendo de quando receber dados do Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças, segundo autoridades com conhecimento dos planos.
A proposta deve recomendar que as nações imponham restrições dependendo do status de vacinação ou recuperação da Covid, ao invés do sistema atual com base nos países de origem das viagens, disseram as autoridades, que pediram para não serem identificadas.
A proposta também buscar orientar sobre o prazo que a vacinação permanecerá válida, segundo as autoridades. Enquanto alguns estados membros não têm data de validade para seus certificados de vacinação, outros exigem uma dose reforço para que permaneçam válidos. A Áustria reduziu recentemente a validade dos certificados de 12 para nove meses.
Um porta-voz da Comissão não quis comentar.
Harmonizar regras
A proposta da UE será uma recomendação não vinculante, uma vez que decisões em questões de saúde são de competência nacional.
Governos da UE pressionam para que o bloco ajude a atenuar as diferenças para garantir a livre circulação, em um cenário de abordagens contrastantes sobre a duração da vacinação e como administrar doses de reforço quando uma nova onda de Covid avança na região.
O primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, anunciou na semana passada que maiores de 60 anos precisarão de uma terceira dose para manter os certificados de vacinação atualizados.
Com o objetivo de manter a liberdade de viagens tanto quanto possível, a Comissão deve deixar que estados membros decidam como e se devem distinguir vacinados de não vacinados, disse uma das autoridades. A expectativa é de que recomende a atualização de certificados com doses de reforço.
Em viagens com destino à UE, a Comissão tende a mudar o foco de uma enorme lista branca de países para um grupo muito menor de nações vistas como inseguras, mas ainda permitindo a entrada de pessoas vacinadas desses lugares com medidas extras, como quarentenas.
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