E-commerce domina novas locações de galpões na América Latina

Mercado Livre liderou expansão com mais de 350 mil m² novos no Brasil e México, seguido por Amazon e Magalu em 2021

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São Paulo — O Mercado Livre liderou a locação de galpões logísticos no Brasil e no México, as duas maiores economias da América Latina, este ano. Foram quase 350,2 mil m² novos nos dois países. No Brasil, a segunda maior expansão foi de Magazine Luiza (133,6 mil m²) e da Amazon (118 mil m²), no México.

Os números foram compilados pela SiiLA, uma empresa multinacional que atua com inteligência de dados no mercado imobiliário comercial.

POR QUE ISSO É IMPORTANTE: A expansão das locações de galpões logísticos mostram a resiliência do setor de e-commerce mesmo com o arrefecimento da pandemia nas duas maiores economias regionais.

O setor havia experimentado forte expansão durante o período de pico das medidas de isolamento e restrições na circulação, com muitos consumidores aderindo às compras pela internet para evitar sair de casa.

“A pandemia acelerou bastante o setor de galpões e muitas empresas, mesmo lojas que só tinham presença física, em shoppings centers, por exemplo, migraram para o modelo híbrido”, disse Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA.

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Segundo a empresa,  a expansão do e-commerce nos condomínios logísticos está fortemente ligada à mudanças de comportamento trazidas pela pandemia, enquanto no México o aumento da presença do setor é impulsionada pelos serviços de last mile – isto é, o trecho final da cadeia logística até a entrega ao consumidor.

CONTEXTO: Conforme a plataforma, o segmento no México fechou o terceiro trimestre de 2021 com 4,42% de vacância, enquanto a taxa de vacância geral foi de 8,95% no mercado de galpões monitorados no Brasil registrou a menor taxa histórica desde o início do monitoramento da empresa no país, chegando a 8,95%.

No Brasil, os principais ocupantes do setor são empresas com atuação em transporte e logística (28,96% da área locável em galpões logísticos), seguido por empresas de varejo (20,30%) e e-commerce (9,36%).

O perfil é diferente no México: veículos e peças (28,96%), bens de capital (13,40%) e transporte e logística (8,86%).

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